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domingo, 28, abril 2024
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Clubes emergentes de Série A avaliam SAFs e Atlético-GO chama atenção de investidores

Equipes de Série A se atentam às realidades de Vasco, Botafogo e Cruzeiro e iniciam seus estudos sobre o modelo clube-empresa para alavancar realidades esportivas

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Com olhares atentos ao que acontece nos bastidores de Botafogo, Cruzeiro e Vasco da Gama, diversas outras equipes do futebol brasileiro iniciaram os seus estudos sobre as Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). O modelo clube-empresa, que vem sendo uma das principais pautas do noticiário esportivo nesta temporada após a adesão de grandes clubes do Brasil, surge no horizonte dos clubes emergentes como uma grande oportunidade para o sonhado “salto de patamar”.

Coritiba, América-MG, Goiás e Atlético Goianiense, são exemplos de equipes emergentes na Série A que já se movimentam neste sentido. Com sua SAF aprovada em conselho deliberativo, o Coxa entrou com pedido de recuperação judicial afim de renegociar suas dívidas (que se aproximam dos 115 milhões de reais) e seguir a transição para clube-empresa. Para isso, deve contar com o apoio da XP investimentos, empresa que auxiliou equipes como Botafogo e Cruzeiro na captação de investidores.

Em realidades financeiras e administrativas bem diferentes, mas com o mesmo objetivo de alavancar os ganhos esportivos, América-MG e Atlético Goianiense também se atentam à possibilidade de se tornarem SAF. Assim como o Coritiba, ambas as equipes estão na Série A do Brasileiro e ainda contam com um trunfo além: disputam competições internacionais em 2022, com o Coelho classificado pela primeira vez em sua história para a fase de grupos da Libertadores da América e o Dragão, pela segunda vez consecutiva, inserido na Copa Sul-americana.

A equipe goiana vai para sua terceira temporada consecutiva na Série A e já realiza, ao longo dos últimos anos, um trabalho de consolidação em cenário nacional. De acordo com o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo e responsável por analisar e negociar com investidores para o Atlético-GO, o clube rubro-negro vem se preparando há anos para uma transição e, assim que estiver pronto, deve se tornar um grande atrativo por conta de sua saúde financeira, do bom momento esportivo e pela administração estável:

“Sob coordenação do presidente executivo Adson Batista, estamos planejando essa transformação desde 2019. É um caminho sem volta, então exige dedicação, muito estudo e um processo cauteloso. Já tivemos investidores interessados no clube, chegaram algumas propostas, mas ainda não estão no patamar que a administração do Atlético-GO traçou. Com todo o sucesso esportivo que o clube vem tendo nos últimos anos, consolidado na Série A e disputando competições internacionais, e com as finanças saudáveis, registrando lucro nas últimas 5 temporadas, o interesse sob o Atlético deve aumenta”, analisa Carlezzo.

Apesar disso, Carlezzo afirma que o Atlético-GO não deve registrar sua SAF enquanto não houver um acordo alinhavado com um investidor. O presidente do Dragão, Adson Batista, confirma: “Meu pensamento ainda é conservador (sobre isso). Quero ver o que já está acontecendo e analisar, ver se realmente vai engrandecer o nosso futebol. É claro que se for algo positivo, moderno, pode ser uma solução. Mas, neste momento, não temos pressa. O Atlético está saneado, esportivamente estamos dentro do planejamento, não precisamos de desespero”.

Rival local do Dragão, o Goiás é outro clube que se prepara para um possível investidor. Internamente já é discutido entre conselheiros e membros diretivos a reforma estatutária do clube esmeraldino, afim de permitir a formação de uma SAF assim que necessária. Assim como o Coritiba, o Verdão goiano é outro clube que retornou à Série A na atual temporada, mas tem tido muita dificuldade para se garantir entre os 20 principais times do país.

O presidente esmeraldino, Paulo Rogério Pinheiro, revela que o clube se prepara prioritariamente para um investidor minoritário, que esteja interessado em adquirir percentuais de participação no futebol do clube. No América-MG o pensamento é parecido. Os mineiros já aprovaram o registro de sua SAF e estão no mercado desde janeiro atrás de um investidor, porém, não de um dono. Existem conversas em andamento, mas a diretoria americana não estipulou um prazo limite para confirmar a transformação definitiva em SAF.

O olhar do especialista Eduardo Carlezzo, advogado que atua na consultoria do Atlético-GO sobre este assunto, corrobora com a movimentação dos clubes emergentes em se prepararem para o mercado e para os investidores. “É um movimento natural. Com a venda de Cruzeiro, Vasco e Botafogo, que eram os três grandes que publicamente buscavam investidores, o olhar do mercado agora deve pairar sobre os demais clubes, sobretudo os emergentes. É uma demanda que os investidores logo perceberão com bastante interesse”.

Diante disso, clubes que tiverem suas situações estatutárias e políticas bem resolvidas, na visão de Carlezzo, tendem a obter vantagem diante dos demais. “Clubes que já estiverem preparados para abrir negociações, caso do Atlético-GO, por exemplo, serão os grandes atrativos do mercado”, finaliza.

De acordo com informações apuradas pelo GE Goiás, o Dragão, que já recebeu sondagens de investidores como John Textor, que adquiriu o Botafogo, e Joseph DaGrosa, que negocia com o América-MG, mantém conversas com três potenciais investidores. Enquanto isso, no cenário esportivo a equipe vai ganhando força, onde estreou com goleada sobre a LDU pela Copa Sul-americana e se prepara para abrir o Brasileirão Série A no sábado (09), contra o Flamengo.

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