Em entrevista ao programa 90 minutos, da Rádio Bandeirantes, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), na manhã desta terça-feira,21. O político comentou sobre a flexibilização da quarentena, decretada ontem, e defendeu o ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta: “Por que para a economia se escuta o Guedes, mas para a saúde não se ouvia o Mandetta?”, questionou ele.
Questionado sobre a entrevista exclusiva de Mandetta ao programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo de Páscoa, o governador disse a Datena que a entrevista não teve o viés de atingir “ a ou b”. “ Eu, sinceramente, até comentei que a entrevista não teve nada de novo. A opinião do Mandetta com o presidente sempre foi divergente. Era uma realidade, havia divergência entre eles (…), mas por que a economia se escuta o Guedes e para a saúde não se ouvia o Mandetta? Não é questão de encher o saco, é questão de posição. Hoje, se nós temos, agora, os menores índices e não há colapso da rede hospitalar foi porque restringimos as atividades, fizemos o isolamento”, defendeu.
Flexibilização da quarentena
Na manhã de segunda-feira,21, Ronaldo Caiado, anunciou uma flexibilização da quarentena no estado. O novo decreto inclui a permissão para celebrações religiosas, salão de beleza e barbearia.
“Decretei porque estou com as rédeas nas mãos; os dados na mão, a incidência do vírus, o número de leitos… Tive 19 óbitos no estado e 421 casos diagnosticados em Goiás. Lógico que não dá para ficar de quarentena para sempre, mas a volta tem que ser gradual (…), disse. “Eu decretei quarentena quando não tinha nenhum caso. Era gente xingando, gritando comigo”, complementou o governador, que ainda relembrou a preocupação com o tempo em que infectados pela Covid-19 podem ficar na UTI. “Cada leito fica ocupado mais de 20 dias, essa é a complicação. Não tem o rodízio rápido dos leitos como em outras patologias.”
O empresário goiano que tiver dúvidas se está, ou não, permitido de reabrir seu comércio pode, através do CNPJ, fazer uma consulta no site oficial do estado. Segundo Caiado, quem abrir, deve cumprir medidas de segurança. “ São 15 protocolos diferentes, que são diferentes entre si; o da área da construção civil é um, na alimentação é outro (…).”
Goiânia, capital do estado, deve receber esta semana, do Governo Federal, um hospital de campanha com 200 leitos. Na entrevista, Caiado ainda reforçou a importância da população sair de máscaras. “É um ato de solidariedade”, disse.
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