O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) declarou, na noite desta sexta-feira (5), que pretende retirar o Brasil da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, o presidente acusou a instituição de agir de forma política.
Em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro falou com jornalistas e frisou que o país não precisa de uma organização que “dê palpite na saúde aqui dentro”. Ele ameaçou seguir os passos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que cortou os laços com a organização no fim de maio. Para Trump, OMS fracassou em lidar com a pandemia, além de se basear exageradamente nas informações fornecidas pela China, primeiro epicentro da doença.
“Adianto aqui, os Estados Unidos saiu da OMS, a gente estuda no futuro, ou a OMS trabalha sem o viés ideológico ou a gente sai de lá também. Não precisamos de gente lá de fora dar palpite na saúde aqui dentro”, afirmou Bolsonaro.
Críticas ao Brasil
Com 100 mil mortos e quase 2 milhões de casos confirmados de Covid-19 nos Estados Unidos, Trump criticou, em uma coletiva desta sexta (5), a forma com que países como o Brasil e Suécia estão conduzindo a pandemia.
“Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. Eles continuam citando o exemplo da Suécia, mas isso está voltando para assombrar a Suécia. A Suécia está passando por um momento terrível”, disse o presidente americano. E destacou: “Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões ou até mais.”
Ao ser questionado pelos jornalistas sobre a recente fala de Trump, Bolsonaro evitou comentar. Na ocasião, apenas teceu elogios, chamando-o de “amigo” e “irmão”. “Falei com ele essa semana. Tivemos uma conversa maravilhosa. Um abraço Trump. O Brasil quer cada vez mais aprofundar o nosso relacionamento. Torço para que seja reeleito. Trump, aquele abraço”, concluiu.
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