Depois de desgaste político intenso, com um sem-número de críticas de internautas, o filho de 18 anos do deputado estadual Bruno Peixoto (MDB) não vai mais assumir um cargo de assessor especial no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO).
O jovem receberia um salário de cerca de R$ 6 mil para exercer um trabalho, supostamente, na sua área profissional — o direito –, já que ele estaria iniciando o curso. Em uma publicação nas suas redes sociais, neste sábado (19), Bruno Peixoto disse que o filho desistiu do sonho para mitigar “possíveis desgastes”.
“[Vai] desistir de seu sonho e declinar do convite feito pelo Presidente do TCM de integrar sua assessoria, para evitar possíveis desgastes”, diz trecho da publicação de Peixoto.
Ainda de acordo com a publicação do deputado Bruno Peixoto, o fato do jovem ser filho de um líder do governo na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), isso o atrapalhou na sua carreira profissional.
“O fato de ser filho do Líder do Governo, neste momento, atrapalha seu crescimento profissional e interrompe seu sonho. Mas não desista dele! Conte com meu apoio e admiração, pois reconheço o seu caráter, esforço e dedicação nos estudos”, diz.
Também neste sábado (19), o perfil do TCM no Instagram publicou nota informando que a nomeação do filho do deputado não mais teria efeito.
“TCMGO publica portaria que torna sem efeito a Portaria nº 148/2022, na parte em que nomeou Gabriel Gontijo Peixoto, para ocupar cargo em comissão, ante a manifestação de desistência”, diz.
Após a publicação do TCM, diversos internautas criticaram a postura do tribunal, afirmando que o recuo só ocorreu devido às divulgações da imprensa. O documento foi assinado pelo presidente do TCM, Joaquim Alves de Castro Neto.