Após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Roberto Barroso, de suspender piso salarial nacional da enfermagem, enfermeiros, auxiliares e técnicos foram às ruas nesta segunda-feira (5) se manifestar contra o entendimento do jurista.
Na porta do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), manifestantes chegaram a bloquear trecho da GO-070, que dá acesso ao hospital, por alguns instantes.
Nesse domingo (4), Barroso suspendeu a lei que criou o piso nacional de enfermagem e também deu prazo de 60 dias para que estados, municípios e o governo federal informem os impactos que o texto acarreta para a situação financeira de cidades e estados, a empregabilidade dos enfermeiros e a qualidade do serviço de saúde.
A decisão vem em decorrência dum pedido da CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços), que afirma que a lei é “inexequível” por não considerar desigualdades regionais Brasil afora.
Com o que foi apresentado pela CNSaúde, Barroso disse que há uma preocupação com os impactos dessa aplicação.
“É preciso atentar, neste momento, aos eventuais impactos negativos da adoção dos pisos salariais impugnados. Trata-se de ponto que merece esclarecimento antes que se possa cogitar da aplicação da lei”, acrescentou.
Já a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg), Renata Rios, disse que a classe não vai desistir e continuará lutando contra a suspensão do piso salarial da categoria, e classifica como um ‘afronte’.
”A aprovação do piso salarial se deu pela luta dos trabalhadores da enfermagem. Ontem fomos surpreendidos com uma liminar que suspendeu a lei, que é constitucional e um direito nosso. Essa é mais um afronte contra aqueles que sempre estiveram na assistência. É uma afronte que vai de encontro com os interesses dos patrões”, critica Renata em vídeo postado nas redes sociais.
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