Após as eleições de outubro de 2022, onde Wilder Morais (PL) foi congratulado nas urnas e, portanto, saiu-se eleito como novo senador da República, representando Goiás, o Partido Progressista (PP), contudo, foi à justiça pedir a cassação do parlamentar e de seus suplentes, Izaura Cristina Cantanhede Peres Cardoso e Hélio Araújo Pereira — ambos do PL.
A justificativa do PP, apresentada ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE/GO), é que a prestação de contas do parlamentar possuiria diversas irregularidades.
O advogado eleitoralista Welmes Marques disse à Bandeirantes que não acredita que o jurídico do PP possa obter sucesso nesse objetivo de cassar o mandato de Morais.
“Na minha concepção, eu creio que isso aí é mais buscando uma sentença de internet. Com todo respeito aos colegas. É para as pessoas criticar os que foram eleitos, para pré-julgar. Na minha concepção, embora a gente não pode dizer assim no judiciário, se entrou com uma ação tudo pode acontecer, mas na minha concepção essa ação não vai dar em nada”, sublinhou.
Segundo o PP, a ação judicial deve apresentar supostas irregularidades que caracterizam violação às regras de arrecadação e gastos de recursos, desta forma construindo elementos que justificariam a cassação do registro da candidatura e do diploma do senador e dos suplentes.
No pedido, realizado pelo advogado do partido, José Eduardo Rangel de Alckmin, existiriam várias omissões na prestação de contas. Além de um possível excesso de gastos por parte do senador eleito.
Já a defesa de Morais, feita pelo advogado Leonardo Batista, as irregularidades apontadas pelo PP foram sanadas e aprovadas em unanimidade pelo TRE.
Wilder Morais foi eleito senador por Goiás para os próximos oito anos — a partir de fevereiro de 2023. O político teve 799.022 votos, o que representa 25,25% do total. Ele foi às urnas contra outros nove candidatos. O político já foi senador de 2012 a 2019, quando assumiu a vaga do então senador Demóstenes Torrer, cassado à época.
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