Atlético e Goiás travaram uma briga nos bastidores que, para muitos, foi vencida pelo clube rubro-negro. Os atleticanos lutaram pela volta das atividades do futebol em Goiânia, enquanto os esmeraldinos se opuseram. Na última semana, o prefeito Iris Rezende (MDB) assinou um decreto liberando os treinamentos para os clubes, contrariando o que o presidente do Goiás, Marcelo Almeida, queria. O jornalista Bruno Daniel, das Feras do Esporte, procurou o presidente do Atlético, Adson Batista, para comentar a atual relação entre os dois clubes após os novos episódios que acirraram a rivalidade nos bastidores.
“A relação com time de futebol é complicada de se falar. Eu quero ganhar deles e eles querem ganhar de mim. Isso é normal. Eu respeito muito a entidade Goiás na pessoa do seu Hailé Pinheiro, que é uma pessoa seríssima e que fez o Goiás. Então eu o-respeito. É honesto, é grande e quer o bem do clube. É uma pessoa que sempre vou respeitar e pra mim é uma referência do nosso futebol. Então não tem nenhum problema. Às vezes o cara coloca alguma coisa e fala até da cabeça dele. Eu não sou médico e não tenho conhecimento médico, mas em todas as entrevistas e em tudo que vou fazer sempre consultei meus médicos. Tem médico que tem coragem, tem uns que ‘é bão’, tem uns que ‘é’ de mentira, tem uns que ‘é’ de faz de conta. Então em cada setor da sua vida tem… agora eu procuro ser um dirigente sério e procuro fazer o que é certo”, relata Adson.
Opositor da atual gestão da Federação Goiana de Futebol, Adson Batista cobra atitude do presidente André Pitta. “O Atlético está pronto pra voltar na hora que a federação quiser. Ela não se posicionou e em conversas informais falou que é muito difícil. Até acho que nessas situações você conhece as pessoas que não querem assumir as responsabilidades. Então vamos assumir a nossa. Eu vou assumir a minha e vou tentar fazer tudo da melhor forma possível pra ter todo cuidado e fazer as coisas que prometi fazer”, diz.
Apesar da liberação dos treinos a partir desta segunda-feira (1), o Atlético já havia voltado as atividades de forma irregular, mas já atendendo os protocolos exigidos pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. “Agora minha responsabilidade aumentou mais ainda, por que eu tenho que cumprir rigorosamente os protocolos. E vamos fazer. A coisa aqui é série. Aliás, o Atlético é um clube que tem uma gestão muito séria e profissional. Às vezes as pessoas enxergam de forma diferente, mas aqui é um clube que a cada dia evolui em todos os sentidos. Tudo que a gente faz é calculado e embasado em conhecimentos técnicos. Tanto futebol, como a área médica. A gente discute e ninguém faz as coisas a torto e à direita. Agora tem pessoas que não tem coragem de assumir responsabilidade. Eu tenho e vou sempre assumir”, completa.