A Rádio Bandeirantes Goiânia realizou uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito da Região Metropolitana de Goiânia. A primeira cidade foi Senador Canedo que, tem como candidatos o atual prefeito, Divino Leme (Podemos), Fernando Pellozo (PSD), Julio Pina (PRTB) e Tiago do Piso (PSL). Conheça as principais propostas apresentadas no programa Rádio Livre.
Divino Lemes (Podemos)
O atual prefeito da cidade, Divino Lemos que, concorre ao pleito pelo Podemos, falou sobre a crise hídrica que a cidade sofre e apontou dois problemas que levaram a falta de água em muitos bairros de Senador Canedo. De acordo com ele, a estiagem das chuvas que, durou mais de 100 dias, e o calor excessivo enfrentado nos últimos meses é o primeiro deles.
Outro problema apontado pelo prefeito é o consumo excessivo da população que mora em localidades “baixas”, ou seja, onde a falta de água é menos recorrente. “Lava carro, lava jardim, lava calçada, falta o uso moderado”, diz o candidato. Divino também culpa ataques de vândalos na região que, acabaram destruindo parte do sistema de distribuição de água na cidade. Divino afirma que inaugurou três novas estações de tratamento e ainda dobrou a produção de água da cidade.
Educação
Sobre a educação, o candidato propõe a criação de escolas para diminuir a distância entre a residência do estudante e a unidade escolar. “Com cinco escolas novas nos bairros periféricos e quatro creches novas, a gente quase zera a demanda por creches e não só suplementa qualquer possibilidade de vaga no ensino secular fundamental, como também esvazia as escolas polos”, projeta o candidato.
De acordo com Lemes, o modelo hoje consiste em buscar os alunos nos bairros mais distantes por meio do transporte escolar. Divino explica que pretende mudar essa lógica. “A escola lá no bairro e a creche lá no bairro, isso vai dar autoestima ao morador do bairro, evita esse gasto excessivo com ônibus de milhares e milhares de quilômetros rodados”, sublinha Divino Lemes.
“Vamos diminuir a quantidade de alunos na escola polo. Tem algumas com 40 alunos em uma sala, ela precisa ter no máximo 20, 25 para a qualidade melhorar. E lá no bairro é uma escola mais fácil de gerenciar e com menos alunos por sala”. Divino Lemes argumenta que uma escola com menos alunos por sala seria uma escola “saudável” para ter mais “qualidade de ensino.
Júlio Pina (PRTB)
O segundo candidato de Senador Canedo entrevistado pela Rádio Bandeirantes Goiânia foi Júlio Pina que, concorre ao pleito pelo PRTB. Pina comentou polêmicas envolvendo outros candidatos e propôs uma solução para crise hídrica enfrentada na cidade. “Vamos trazer uma grande adutora do Rio Caldas para Senador Canedo, é assim que nós vamos resolver”, afirmou o candidato.
Sobre a educação básica da cidade, o candidato argumentou que é necessário a construção de mais CMEIs na cidade. Além disso, ele propõe uma mudança no horário em que alunos permanecerão na unidade. “Ela vai passar a entrar às 6h da manhã e só vai sair às 20h. Quem trabalha na capital por exemplo, geralmente entra no trabalho às 7h, então vamos mudar o horário para creche estar recebendo a criança a partir das 6h e se encerrar somente as 20h”, projeta.
Segundo Pina, todas as refeições do dia serão feitas na própria unidade de saúde, incluindo café da manhã, almoço e jantar. Já para Sáude, o candidato pretende implantar um Hospital Municipal, um Centro de referência Especializado em Psiquiatria e, além disso, implantar Centro de Reabilitação em Fisioterapia e Práticas Complementares em Saúde.
Tiago do Piso (PSL)
Na sequência, o candidato Tiago do Piso, concorrendo ao cargo de prefeito pelo PSL, também expôs suas ideias e propostas. Sobre o principal problema enfrentado na cidade, a falta de água, o candidato citou o exemplo de outras cidades goianas, como Caldas Novas e Catalão que, construíram, segundo ele, poços artesianos em vários pontos da cidade. O candidato também falou em buscar parcerias.
“Mapeia Senador Canedo, regionaliza, furo os poços artesianos para não faltar água na torneira do cidadão. Buscar recursos com o governo Federal, governo estadual também. O município é rico, tem dinheiro, o que falta é aplicar de maneira correta. Esses poços artesianos ajudam a solucionar essa situação”, afirmou o candidato.
Geração de emprego
Ainda de acordo com Tiago do Piso, outra de suas propostas é a criação de uma cidade empresarial, como gerador de emprego e renda para população. Para isso, ele sugere atrair empresas para Senador Canedo. “Fazer a doação de áreas de maneira correta, sustentável, para trazer essas empresas, para gerar emprego e renda dentro do município. Em contrapartida, o empresário contrata de 70% à 80% da folha de Senador Canedo”, pontua.
Já em relação a educação básica, um dos problemas mais comuns na cidade. O candidato propõe a criação de escolas em tempo integral. “Temos que fazer escolas de período integral, as vezes a mãe perde uma vaga de emprego porque não tem com quem deixar a criança, não tem a escola de período integral e também pegar as creches que temos em nosso município e estender o horário de atendimento”, diz Tiago.
Fernando Pellozzo (PSD)
O quarto e último candidato a prefeito de Senador Canedo entrevistado pela Rádio Bandeirantes, foi o candidato do PSD, Fernando Pelozzo. O candidato que é fisioterapeuta e mora no município a 26 anos diz que a candidatura é reflexo da vida política de Pelozzo que, atualmente é suplente de deputado. “A cidade está passando por um momento muito peculiar, pois hoje é a quarta ou quinta que mais arrecada em impostos em Goiás. É uma cidade sem hospital, sem rede de esgoto e agora está faltando água”, critica.
“A gente colocou o nome a disposição e há um clamor da população por mudança no que está acontecendo na gestão atual”, argumenta. Sobre a crise hídrica da cidade, Pellozo diz que o problema é mais complexo que parece. “Senador Canedo hoje tem 88 poços artesianos da prefeitura, sendo que só 36 estão funcionando, mas é necessário investir na capitação e na transmissão”, diz Pellozo.
De acordo com o candidato, o que considera mais importante é voltar a investir no meio ambiente e revitalizar o sistema da cidade. “Não é só drenar água do solo, ciclicamente ela vai se evadir e vai acabar. É um trabalho a longo prazo, geralmente o gestor não investe porque não vai ter retorno imediato, mas o trabalho mais importante é investir nas pontes, na preservação das nascentes, não só furar poço. Isso exige uma sensibilidade do gestor que vai além de puxar a água e colocar ela na caixa”, pontua.
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