A megaoperação Caixa Forte 2, deflagrada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta segunda-feira (31), cumpre 623 mandados judiciais. 422 são de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão. A investigação visa o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados por facção criminosa.
Para a ação, foram mobilizados 1,1 mil policiais federais, em 19 unidades federativas. Em Goiás, estão sendo cumpridos 12 mandados, oito de prisão e quatro de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte. Além dos mandados, a justiça determinou o bloqueio judicial de R$ 252 milhões.
Em nota, a PF informou que, na primeira fase da operação, descobriu a existência do núcleo “Setor do Progresso”. De acordo com a PF, esse núcleo tinha como função promover lavagem de dinheiro dos valores gerados com a atividade de tráfico de drogas.
Setor de Ajuda
As investigações também conduziram a polícia ao chamado “Setor da Ajuda”, criado para recompensar membros de uma facção recolhidos em presídios e que mantinham contas bancárias para onde parte do dinheiro oriundo das atividades era destinada. Em alguns casos, as quantias eram depositadas em contas de pessoas que não pertenciam ao grupo criminoso, para despistar as autoridades.
A megaoperação da Polícia Federal apurou, ainda, que 210 suspeitos desempenham as funções no alto escalão da facção criminosa, como a execução de servidores públicos. Todos cumprem penas em presídios federais. Os presos deverão responder por crimes de participação em organização criminosa, associação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 28 anos de prisão.
Foram cumpridos mandados no Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo e no Chile.
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