O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou relatório hoje, 26, com alerta em que é preciso reduzir em 7,6% a emissão de gases de efeito estufa no período entre 2020 e 2030 para evitar uma “catástrofe climática”. De acordo com o documento, sem essa redução, a temperatura do planeta pode aumentar 3,2ºC.
Pelo acordo de Paris sobre o aquecimento global, a previsão seria de aumento de 1,5ºC na temperatura até ao fim do século. E mesmo com o risco, representantes do Pnuma denunciam que não há sinal de esforço nesse sentido e que os acordos atuais para a redução das emissões são insuficientes.
Os dados mostram ainda que em 2018, o total de emissões de CO2 atingiu níveis recordes e, na última década, as emissões aumentaram 1,5% por ano. No ano passado, o Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas alertou que o aumento de mais de 1,5ºC por ano no século terá efeitos destrutivos para a vida dos humanos, animais e plantas em todo o mundo.
Falhas
Segundo a ONU, os países mais ricos falharam no corte de emissões com a rapidez necessária. Segundo o organismo, 15 dos 20 países mais ricos do mundo não têm sequer um plano para atingir o nível zero de emissões:
“Coletivamente, os países falharam em parar o crescimento das emissões de gases com efeito de estufa, o que significa que agora são necessários cortes mais profundos e mais rápidos”, destacou o relatório.
O relatório analisa as ações dos países ricos que integram o G20, responsáveis por 78% das emissões de CO2. Sete desses países têm de aplicar mais medidas para cumprirem as suas promessas atuais. Neste grupo, estão a Austrália, Canadá, Brasil, Japão, República da Coreia, África do Sul e Estados Unidos.
*Com informações da Agência Brasil
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