O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do Governo de Goiás gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein, realizou sua primeira cirurgia para correção de aneurisma cerebral, marco que consolida o avanço da unidade na linha de cuidado das doenças neurológicas agudas. A operação, considerada de alta complexidade, envolveu equipe multiprofissional e estrutura tecnológica de ponta, ampliando a resolutividade da rede pública estadual.
O Hugo, reconhecido como referência no atendimento a casos de AVC, agora realiza cirurgias para tratar aneurismas — procedimentos que exigem rapidez e precisão.
“O paciente com aneurisma cerebral precisa ser operado, idealmente, em até 24 horas após o diagnóstico. Quanto mais tempo ele espera, maior o risco de sequelas graves ou morte. Agora conseguimos realizar essas cirurgias com segurança aqui mesmo”, explicou o neurocirurgião Normando Guedes, que integrou a equipe responsável.
A equipe realizou a cirurgia inaugural em um paciente com aneurisma cerebral roto — uma das emergências neurológicas mais graves, marcada pela ruptura de um vaso sanguíneo e sangramento no cérebro. O procedimento durou cerca de oito horas e contou com três neurocirurgiões, dois anestesiologistas, instrumentadores e equipe de enfermagem.

Avanço tecnológico e qualificação da equipe
A operação foi possível graças à chegada de novos equipamentos, entre eles um microscópio cirúrgico de última geração, essencial para procedimentos neurovasculares.
“A aquisição dessa tecnologia eleva a qualidade da assistência. Mas o que realmente faz a diferença é a equipe altamente capacitada, preparada para lidar com casos complexos com segurança e excelência”, ressaltou a diretora médica do Hugo, Fabiana Rolla.
O anestesiologista Gabriel Andraos destacou que o procedimento utilizou recursos modernos de anestesia, como o monitor de consciência BIS e bombas de infusão alvo-controladas. Também foram usados monitor de bloqueio neuromuscular e manta térmica.
“Essas tecnologias tornam a anestesia mais segura e confortável, além de permitir uma recuperação mais rápida no pós-operatório”, afirmou.
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Mais resolutividade e formação profissional
Com o novo procedimento, o Hugo passa a integrar oficialmente a rede estadual de unidades aptas a tratar aneurismas cerebrais, fortalecendo a regulação de casos complexos e reduzindo a necessidade de transferências. A conquista também tem impacto na formação de novos profissionais, já que o hospital é campo de prática das residências médicas em Neurocirurgia do Hospital de Clínicas (HC/UFG) e do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG).
“Esse avanço coloca o Hugo em um novo patamar de excelência, unindo tecnologia, capacitação e cuidado humanizado”, concluiu Fabiana Rolla.