A visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio das Esmeraldas, na sexta-feira (14) em Goiânia, teve duração de aproximadamente três horas. Bolsonaro chegou por volta do meio-dia e foi recebido pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e o senador Wilder Morais (PL) na calçada e seguiram juntos para o gabinete do governador de Goiás.
Dentro do Palácio, estavam presentes o presidente da Assembleia, Bruno Peixoto, os deputados federais Gustavo Gayer (PL) e Professor Alcides (PL), os deputados estaduais Fred Rodrigues (PL) e Cairo Salim (PSD), além de Marcos Cabral, diretor da Alego.
Após uma breve conversa no gabinete, todos se dirigiram ao Salão Verde do Palácio, onde foi servido um almoço. O deputado estadual Amauri Ribeiro chegou quando os pratos já estavam sendo servidos.
O ponto alto da conversa ocorreu quando Bruno Peixoto questionou Bolsonaro sobre a possível candidatura de Caiado à presidência da República. Bolsonaro sorriu e afirmou que é um nome viável. O restante da conversa foi descontraída e abordou assuntos gerais. Caiado e Bolsonaro não tiveram uma conversa particular.
Reforma Tributária
Na saída, Jair Bolsonaro concedeu breve coletiva à imprensa após o almoço que teve com o governador Ronaldo Caiado. Por pouco menos de quatro minutos falou com jornalistas e deu detalhes do encontro com o chefe do executivo, parlamentares e outras lideranças que se faziam presentes.
Questionado sobre o debate da reforma tributária no Senado Federal, Bolsonaro disse que ainda iria conversar com a bancada do PL e que havia conversado ‘pouco’ com o senador goiano Wilder Morais (PL). Mas fez questão de ressaltar: “Eu acho que tô 99% alinhado com o Caiado no tocante a reforma tributária”.
Bolsonaro tem dividido posições contrárias ao texto e parece endossar as críticas que o governador Ronaldo Caiado tem feito à matéria. O ex-presidente chegou até a entrar em rota de colisão com um dos seus principais afilhados políticos, o governador de São Paulo Tarcisio de Freitas (Republicanos), que se manifestou favorável à reforma.
Sobre se o governador Ronaldo Caiado não poderia ser um bom nome para a disputa presidencial para 2026, Bolsonaro levantou a bola para o médico ortopedista, mas a resposta indicou ter esperanças que pode ver a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em torná-lo inelegível pelos próximos oito anos ser revertida.
“O Brasil todo o considera [a candidatura de Caiado]. Eu não tô morto ainda, nada acabou. Eu tô na UTI e ao lado do médico aqui. Esse recurso ao Supremo é igual quando você tem uma briga em casa para a sogra decidir”, brincou arrancando gargalhadas dos presentes.
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