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sábado, 23, novembro 2024
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Áudio comprometedor cita novamente o ex-juiz Sergio Moro

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Empresário e ex-deputado estadual do Paraná, Antônio Celso Garcia — o Tony Garcia — divulgou neste fim de semana áudios de conversas que teve com o senador Sergio Moro (UB-PR), à época da conversa, este era juiz federal no Paraná.

Os diálogos se referem à fraude no Consórcio Garibaldi. Tony era investigado, Moro, o juiz do caso. Reza a cartilha do Direito, que juiz não deve ter elo com nenhuma das partes do processo, isto é, as conversas devem ser, tão-somente, nos autos.

“Nova conversa confirmando que eu, seu “réu”, tínhamos LIGAÇÕES PERIGOSAS nos bastidores de uma FALSA JUSTIÇA”, publicou Tony um tuíte em que mostrou os áudios. O empresário ainda disse que Moro “foi justiceiro criminoso, jamais juiz”. “Enquanto na magistratura, foi um JUIZ LADRÃO!”, acrescentou.

Desde quando começou a falar sobre este assunto, Tony vem alegando que era uma espécie de “agente infiltrado” contra os acusados ​​no caso Banestado e nos processos da Lava-Jato, a pedido de Sergio Moto, defende o empresário.

Na quarta-feira última (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigar as declarações do empresário. Moro — até à publicação desta reportagem — não se manifestou a propósito do tema.

Nos áudios, Tony demonstra preocupação com a divulgação de seu processo; já Moro explica que “não vou tocar no nome da Baltimore”.

“Não vai ser tocado em nome de empresa, nada disso? Vai ser tocado no nome da minha pessoa?”, questiona Tony. “Sim, do que foi decidido. […] Eu vou divulgar, esse conteúdo eu vou divulgar porque na verdade é um processo que é uma grande publicidade aí por conta da sua exposição pública, né? E assim, acho que tá sendo divulgado porque…”, responde Moro.

“Não e matar de uma vez, né?”, questiona Tony. “Isso”, afirma Moro. Depois, o empresário pede que “me macule de tal maneira que eu não possa mais trabalhar”. “Para conseguir, inclusive cumprir e deixar esse ônus para Baltimore, que eu não queria”.

“Eu vou… Eu provavelmente vou divulgar uma informação sucinta (inaúdivel) que foi condenado”, diz Moro. “Tá bom”, responde Tony.

 “Também devo divulgar no caso das condenações termos e provavelmente ter que deixar meio público aí e falar alguma coisa, falar alguma coisa que a pena foi x”, continua Moro.

“Dano, né.. É, alguma coisa que não acabe comigo comercialmente né para eu poder continuar a trabalhar, é só isso que eu tô pedindo para o senhor”, diz Tony. Moro responde que o réu “pode ficar sossegado”.

Uma série de conversas divulgadas com exclusividade pelo site The Intercept Brasil, sobre a operação Lava Jato, trouxe à luz um amontoado de erros cometidos por procuradores do Ministério Público Federal do Paraná (MPF) e pelo então juiz Sergio Moro. As mensagens que o veículo teve acesso mostravam que os agentes do MPF e o juiz agiram ao arrepio da lei com um intento de perseguir Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a ser preso por mais de 500 dias a mando de Sergio Moro.

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