Por: Juliano Moreira
Depois de quatro rodadas disputadas, um assunto tem gerado bastante polêmica no Campeonato Goiano. A arbitragem goiana, que teve Wilton Pereira Sampaio e Bruno Pires representando-a na Copa do Mundo de 2022, no Catar, tem sido alvo de críticas por parte de dirigentes de clubes que estão envolvidos na disputa do Goianão.
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Tudo começou no clássico entre Atlético Goianiense e Goiás, disputado no último dia 15 e que foi apitado por André Luiz Castro. A marcação de um pênalti a favor do Dragão, que resultou na vitória rubro-negra, revoltou a diretoria esmeraldina, que classificou o lance como mais um erro de arbitragem contra o time alviverde.
Neste domingo (22), as críticas esmeraldinas apareceram novamente. Em entrevista à Bandeirantes, o presidente do conselho deliberativo do Goiás, Edminho Pinheiro, afirmou que o pênalti marcado a favor do Iporá foi mais um erro escandaloso contra o Esmeraldino. De acordo com ele, foi o terceiro jogo consecutivo em que o clube alviverde foi prejudicado.
“Foi um pênalti escandaloso. Não foi pênalti. Mais um (erro). Foi o terceiro jogo seguido. Contra o Atlético, marcaram um pênalti duvidoso. (Contra o Anápolis), não marcaram um (pênalti) escandaloso. E esse de agora. O cara (do Iporá) se joga completamente. O Yan (Souto) nem encosta nele. Eu estava a quatro metros do lance. Mas faz parte. O show continua. O show de horrores contra o Goiás continua. Ainda bem que, desta vez, não conseguiram tomar mais dois pontos do Goiás”, disse Edminho à Bandeirantes.
As falas do dirigente esmeraldino repercutiram entre as diretorias rivais. Tanto que, antes da bola rolar para o clássico entre Vila Nova e Atlético Goianiense, o presidente do clube rubro-negro, Adson Batista, comentou a entrevista de Edminho. Para o atleticano, a reclamação alviverde está passando dos limites, já que, segundo ele, lá atrás, o Esmeraldino teria sido muito ajudado.
“Particularmente, eu acho que estão passando dos limites. O Edminho (Pinheiro) é uma pessoa que eu gosto, mas, às vezes, fica até cansativo. Esse é o meu ponto de vista. Não acho ruim a arbitragem do Estado de Goiás. Para se ter ideia, nós tivemos profissionais na Copa do Mundo. Em todos os lugares, existe arbitragem que erra e que acerta. Se o Goiás for prejudicado, o que não é o correto, ele tem que ser prejudicado por uns 30 anos. Porque, lá atrás, ele foi muito ajudado. Então, eles têm que parar com esse negócio (de reclamar da arbitragem)”, comentou.
“O Paulo Rogério, que eu gosto, o Harlei e o Edminho que me desculpem, mas eu tenho posições e minha forma de enxergar as coisas. Respeito eles. Mas eu acho que temos que nos preocupar é em melhorar o nosso campeonato (goiano). O Goiás tem uma boa equipe, que está se condicionando e que chegará às (fases) finais com muita força. E eu tenho certeza de que a arbitragem goiana tem que ser respeitada. Eu já reclamei, já falei. Quem sou eu para falar neste momento? Mas eu tenho opiniões e vou sempre me posicionar”, completou Adson Batista.
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Por fim, o assunto também foi comentado pelo presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo. Assim como Adson Batista, o mandatário colorado usa o passado para comentar o que foi dito por Edminho Pinheiro. De acordo com o vilanovense, mesmo que a arbitragem erre contra o Goiás nos próximos 20 anos, eles ainda estariam em crédito. Além disso, ele cita que já foi várias vezes prejudicado.
“O que eu posso dizer é que, se a arbitragem prejudicar o Goiás nos próximos 20 anos, eles ainda estarão com crédito. Porque, na minha vida, eu nunca conheci um clube mais beneficiado pela arbitragem do que o Goiás. Então, se errar desse jeito como ele (Edminho Pinheiro) está dizendo que errou… Mas não erraram (contra o Iporá) no lance do pênalti“, afirmou.
“Mas eu também não tenho que ficar comentando coisas dos outros. Mas o que eu tenho para falar é o que eu sofri. Se a arbitragem errar mais 20 anos, em todos os jogos, umas três vezes em cada jogo, eles (Goiás) ainda estarão devendo para a arbitragem brasileira, porque nós sabemos o quanto já fomos prejudicados”, rebateu Hugo Jorge Bravo.