Ação conjunta envolvendo a Secretaria de Estado da Economia e Polícia Civil de Goiás, cumpriu nesta terça-feira (22), 13 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária, além de apreender celulares, computadores e documentos durante a Operação Toretto. O objetivo é coibir a sonegação de ICMS na venda de veículos de luxo importados que chegam a valer até R$ 5 milhões.
Levantamento realizado pelo setor de inteligência da Economia identificou um grupo empresarial familiar estabelecido em Goiânia, na Avenida T-63, no Jardim América, que comercializou mais de 700 veículos entre 2021 e 2022. “Nesse período eles devem ter deixado de recolher R$ 10 milhões em ICMS, numa movimentação superior a R$ 170 milhões”, resume o auditor fiscal Gerson de Almeida, titular da Delegacia Regional de Fiscalização (DRF) de Goiânia.
“Os auditores verificaram que a empresa fazia a simulação de uma consignação quando na verdade ocorria uma venda se utilizando de laranjas, que seriam os funcionários e parentes. A operação de consignação não tem que recolher ICMS. O correto seria dar entrada no estoque e recolher o ICMS na venda”, explica Gerson
O delegado Marcelo Aires Medeiros, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), diz que “não se trata de uma mera sonegação fiscal, mas sim de uma organização criminosa, composta por uma estrutura hierarquizada, na qual há dois líderes, proprietários”, relata o delegado.
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