Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na manhã desta quinta-feira (28), pela Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap), na casa do jurado suspeito de prevaricação durante o julgamento do crime de homicídio contra o radialista Valério Luiz, ocorrido em 14 de julho deste ano.
Na residência do homem de 27 anos foram apreendidos computadores, celular, pendrive e documentos. Segundo a corporação, as investigações apuram as reais circunstâncias em que ocorreu a quebra da incomunicabilidade do jurado, que alega ter abandonado o hotel em que estava hospedado durante o julgamento, depois de apresentar problemas de saúde em razão da ingestão de alimentos derivados do leite, já que, de acordo com ele, seria intolerante à lactose.
Com a análise do objetos apreendidos e das outras medidas investigativas, a polícia espera esclarecer os fatos e apontar o que de fato aconteceu. O ato do jurado terminou culminando no quarto adiamento do julgamento, que agora está marcado para o dia 7 de novembro.
Relembre o caso
Valério Luiz foi morto no dia 5 de julho de 2012, quando saia da Rádio Jornal 820, atual Rádio Bandeirantes Goiânia, onde trabalhava. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado de Goiás, o crime foi motivado pelas críticas constantes do cronista esportivo à diretoria do Atlético Goianiense.
Os cinco acusados pelo crime são: Maurício Sampaio, ex-vice diretor do Dragão, apontado como mandante; Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o policial militar Ademá Figueiredo para cometer o homicídio contra o radialista; Ademá Figueiredo Aguiar Filho, apontado como autor dos disparos que mataram Valério; Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria ajudado os demais a planejar o homicídio do radialista; Djalma Gomes da Silva, que teria ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações.
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