Preso na manhã deste sábado (4), após se entregar à polícia em Gameleira de Goiás, a cerca de 100 km de Corumbá de Goiás, onde os crimes aconteceram no último domingo (28), Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, responderá por duplo feminicídio, latrocínio e aborto. De acordo com o delegado regional de Anápolis, Vander Coelho, a pena pode passar de 100 anos de prisão, caso seja condenado.
Wanderson se entregou após invadir uma propriedade rural e ser convencido por uma fazendeira e o marido dela a se dirigir ao batalhão da Polícia Militar (PM). De acordo com Cindra Mara, ela foi surpreendida pelo criminoso por volta das 6h, na fazenda onde ela mora. Em um vídeo que circula nas redes sociais, ela diz que estava dormindo, “a janela estava meio aberta. Aí ele chegou com o revólver, apontou a arma e eu pedi calma, falei pra ele ficar tranquilo que eu iria ajudá-lo”, revelou.
Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, sublinhou que Wanderson só se entregou porque o cerco das buscas estava sendo fechado cada dia mais. “Nós fizemos o chamado trabalho formiguinha, fomos de fazenda em fazenda, de dia, de noite e de madrugada, sempre sem muito estardalhaço. […] Nós também evitamos de repassar informações à imprensa durante toda a semana exatamente para que ele não pudesse acompanhar nossos passos, estratégia essa, que como podem conferir agora, deu certo”, disse Rodney.
Wanderson já havia sido preso por suspeita de ter praticado um latrocínio em Minas Gerais, ocasião que teria matado um taxista, ao lado de outros suspeitos, com 18 facadas. Já em 2019, foi preso novamente, desta vez por ter tentado matar a companheira em Goianápolis, ocasião em que passou apenas três meses na cadeia.
Wanderson foi levado para a Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia. De acordo com a SSPGO, participaram da ação 30 policiais civis e militares. A Polícia Civil (PC) tem 30 dias para encerrar as investigações e concluir o inquérito.
Leia mais: Fazendeira convenceu Wanderson Mota Protácio a se entregar à polícia