O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, analisou a polêmica envolvendo o técnico Hemerson Maria e o grupo de jogadores, que acabou culminando com o pedido de demissão do treinador. Se dizendo envergonhado por toda a situação, o presidente concedeu entrevista coletiva e expôs seu posicionamento:
“Eu fico envergonhado. Tem que haver hierarquia, o treinador manda e o jogador obedece. É muito complicado analisar, eu não estive presente, foi algo de vestiário. Mas meu sentimento é de vergonha, eu cheguei a perguntar para o Hemerson se ele ainda via alguma maneira de continuar, mas ele achou que não deveria. O Hemerson é vencedor na competição, campeão, vários trabalhos na Série B”.
Apesar de se mostrar bastante irritado, Hugo Jorge Bravo revelou que não acredita que tenha sido um ato ocasional dos atletas contra o Hemerson:
“Não teve senso de motim, de rebelião ou de fritar o treinador. O que houve foi um momento de lavar a roupa suja, que gerou alguns constrangimentos e culminou na quebra de confiança entre as partes. Não foi nada orquestrado pelo grupo de jogadores, foi uma reunião ocasional que infelizmente deu no que deu. Agora é olhar para frente e buscar nosso objetivo de permanência na Série B”.
Ele analisa também que agora, mais do que nunca, será o momento dos jogadores apresentarem resultados em campo:
“Eles terão que provar agora se são jogadores que têm condições de estarem disputando uma Série A do ano que vem, competindo em alto nível, ou se serão jogadores de Série C, D…tem que mostrar para o mercado do futebol. Quem sabe o que eles falaram não seja porque estão interessados no que pode melhorar para o clube, estão falando sobre isso”.
Um dos pontos que começou a balançar o relacionamento de Hemerson com os jogadores foi o fato de ter havido cobranças fortes durante e depois a derrota para o Botafogo, na última rodada. De acordo com o presidente, que esteve presente nessas situações, não foram cobranças exageradas:
“Eu não vejo nada demais sobre o que o Hemerson falou, eu estive presente e vi tudo, achei tudo normal. É clima de jogo, estamos perdendo, o chicote vai estralar memso. Não estamos bem na competição. Futebol não é para tomar Danoninho não. Nossa batata está assando, então ele vai chegar dando tapinha nas costas? Sinceramente eu não vi nada demais nas cobranças, isso aqui é Vila, é sentimento, é futebol”.