A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), realizou um desagravo público (manifesto de repúdio), na manhã desta quarta-feira (28), em apoio ao advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior, de 32 anos, agredido por integrantes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), da Polícia Militar (PM-GO), na última quarta-feira (21). Vídeos gravados por populares mostram o ocorrido.
Segundo a Ordem, o ato contou com mais de 100 advogados e representantes de Seccionais de 12 estados. Em entrevista à Bandeirantes Goiânia, o presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio de Paiva, explicou que o conselho aprova a emissão da nota. “A agressão física, beirando a tortura a depender da qualificação que se dê, demanda da ordem uma posição clara de repúdio, indignação e protesto. A OAB não admite, em hipótese alguma, que situações como essa ocorram e se repitam”, disse o presidente.
De acordo com ele, a posição da OAB-GO neste ato de repúdio é para marcar a posição da instituição. “Aqueles responsáveis por essa covarde agressão tem que ser punidos imediata e eficazmente”, diz Lúcio Flávio. A ordem também solicitou medidas protetivas para o advogado e família. Além disso, o órgão também irá entrar com uma ação indenizatória de dano moral coletivo contra o estado de Goiás.
OAB espera mais respostas da Segurança Pública de Goiás
O Ministério Público de Goiás (MP-GO), instaurou na última sexta-feira (23), inquérito civil público para apurar a suposta prática de ato de improbidade administrativa por parte dos policiais militares envolvidos no episódio. Da mesma forma, a Polícia Civil do estado de Goiás (PC-GO), iniciou uma investigação sobre o ocorrido, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO).
Em nota publicada na quinta-feira (22), a pasta informou que os policiais envolvidos foram afastados das atividades de rua. Além disso, foi instaurado um procedimento administrativo disciplinar para “apuração rigorosa das condutas dentro do que a lei determina”, informa o texto.
Lúcio Flávio revela que esperava mais repostas da Segurança Pública estadual. De acordo com ele, as medidas adotas pela PM até aqui foram tímidas. “Esperávamos por parte do comando da Polícia Militar uma posição muito clara que rechaça o ocorrido, essa manifestação ainda não veio. Esperávamos também que a corregedoria decretasse prisão em flagrante dos responsáveis, o que com quanto tenha sido pleiteado pela OAB e não foi concedido”, diz.
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