Uma carta encontrada com Lázaro Barbosa no dia em que foi morto traz algumas informações sobre a chacina que aconteceu em Ceilândia, no Distrito Federal. O crime deu início à caça pelo assassino, que durou 20 dias até a sua morte em 28 de junho.
No texto, há informação de que uma das vítimas estava armada e por isso Lázaro teria atirado. “O cara tava armado e, antes de eu conseguir enquadrar a vítima, ainda conseguiu avisar uma pessoa, que quando eu vi já foi só tiros”, escreve.
Em outro momento, o fugitivo afirma que já estava sem munição. “Já tive dois confrontos. Tô zerado de munição… Pra pegar pra mim, eu vou te adiantar 500 reais”, relata.
A Polícia Civil investiga a participação de outras pessoas nos crimes perpetrados por Lázaro e não descarta a existência de uma organização criminosa em que ele fosse um integrante. Segundo as investigações, o volume de dinheiro apreendido no bolso do foragido, uma quantia de mais de R$ 4 mil, bem como a forma com que estava acondicionado, são indícios de que tivesse acontecido um aporte financeiro recente para sua fuga.
Em nota, a PC ressalta que a força-tarefa tentou o tempo todo a rendição do foragido, pois sempre foi do interesse da polícia que Lázaro Barbosa respondesse por seus crimes. Ainda conforme a nota, a força-tarefa tinha o propósito de restabelecer a paz da população da região, garantir que Lázaro Barbosa Sousa não cometesse mais crimes e que ele fosse capturado.
Relembre o caso
Lázaro Barbosa estava foragido suspeito de cometer a chacina de uma família em Ceilândia, no Distrito Federal. Ele fugiu se escondendo na mata e passou por várias fazendas na cidade de Cocalzinho de Goiás.
Lázaro foi capturado e morto depois de 20 dias, mobilizando mais de 200 policiais e a população do entorno de Brasília e de Goiás em uma megaoperação. Dezenas de tiros atingiram o fugitivo, que chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
Ele era investigado por mais de 30 crimes, cometidos em Goiás, na Bahia e no Distrito Federal. A maioria dos casos é referente a crimes de latrocínio, que o roubo seguido de morte.
Confira a carta encontrada com Lázaro Barbosa:
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