Preocupado com a volta do aumento de casos de covid-19 em Goiás, o Ministério Público de Goiás (MPGO) se opôs à realização da Copa América no estado e recomendou ao governo de Goiás que não receba a competição. Goiânia foi escolhida como uma das sedes juntamente com Cuiabá, Brasília e Rio de Janeiro.
A realização da Copa América no Brasil ocorreu após a desistência de alguns países da América Latina por causa do aumento de casos de covid-19. A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), então, convidou o Brasil para sediar o evento.
O documento foi enviado, além de para o governador Ronaldo Caiado, ao secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, ao secretário municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, e ao prefeito Rogério Cruz.
Os procuradores que assinam o documento apontam como um dos motivos que os deixam receosos com este evento em Goiânia, por exemplo, a alta taxa de ocupação de leitos de UTI e enfermaria nos hospitais da capital.
“Considerando que no dia de hoje, o município de Goiânia, sob sua gestão, está com 77,95% de ocupação de leitos de UTI para casos da COVID-19 e com 71,64% dos leitos de Enfermaria ocupados para casos da COVID-19”, diz trecho da nota.
Ainda segundo os promotores, outro ponto que ajuda a enfatizar tal decisão foi a posição do Centro de Operações Emergenciais (COE) de Goiás e o Conselho Estadual de Saúde que ficaram contra a Copa realizada no estado.
Os promotores encerram a recomendação pedindo uma resposta do estado e município num prazo de cinco dias.
“Resposta a esta Recomendação no prazo de cinco dias, sobre as providências adotadas, o que deverá ser feito por meio do endereço eletrônico [email protected].”, finaliza o documento.
O estado e nem a prefeitura de Goiânia se manifestaram acerca desta recomendação.
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