Sem reajuste salarial desde o início da pandemia da Covid-19, os trabalhadores do transporte coletivo da Grande Goiânia, representados pelo Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), anunciaram uma nova intenção de greve, com início para próxima terça-feira (11). Em assembleia realizada no dia dois de maio, foi deliberado por unanimidade a paralisação.
Os motoristas reivindicam o reajuste salarial da categoria, o que não ocorre desde março de 2020, data base para o reajuste estabelecido em acordo entre o sindicato laboral e o patronal. “Estamos sendo forçados novamente a partir por esse caminho difícil”, disse à Bandeirantes o diretor financeiro do Sindicoletivo, Carlos Alberto. “No ano passado [2020] nos comprometemos com a população por conta da pandemia, não fazer nenhuma paralisação, mas ficou caro para categoria”, argumentou.
De acordo com ele, o sindicato só conseguiu uma negociação com as empresas em dezembro, porém, o oferecido foi abaixo do esperado. O retroativo de 2020 começaria a ser pago em janeiro, mas segundo Carlos Alberto, não foi feito. Como o mês de março é a data base do setor e também não houve avanço, a saída foi a paralisação. “A política econômica privilegia as empresas, que por sua vez arrocham os salários e retira vários direitos”, diz o documento que relata a decisão.
0% de reajuste
No documento enviado pelo Sindicoletivo, os trabalhadores relatam que na tentativa de negociação junto a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), as empresas ofereçam um reajuste de “0%”. “É reponsabilidade de cada motorista lutar pelo seu salário, deixando apenas de fazer lamentações para mostrarmos a importância da nossa categoria com uma grande greve”, destaca o texto.
A reportagem entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET) e ainda não obteve um parecer sobre o assunto.
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