O Parque Zoológico de Goiânia, administrado pela Prefeitura, adotou medidas preventivas após a morte repentina de um cisne negro no último domingo (8). Embora o animal não apresentasse sintomas compatíveis com gripe aviária, a equipe técnica optou por aprofundar a investigação, reforçando o compromisso com a saúde animal e com os protocolos nacionais de biossegurança.
A responsável técnica e supervisora do zoológico, Jamile França, explicou que a decisão foi tomada por precaução, mesmo sem indícios da doença. “Era um cisne adulto, saudável, com comportamento e alimentação normais. Sua morte repentina nos surpreendeu, e por isso optamos por investigar com responsabilidade. A necropsia apontou uma lesão que pode explicar o óbito, mas enviamos amostras para análise laboratorial como medida de cautela”, afirmou.
Monitoramento já vinha sendo realizado desde maio
Desde a confirmação do primeiro foco de gripe aviária no Brasil, em maio deste ano, no Rio Grande do Sul, o Zoológico de Goiânia já mantinha um monitoramento diário rigoroso. A equipe tem seguido à risca os protocolos sanitários, em diálogo com órgãos de fiscalização e saúde animal.
“Estamos atentos desde o início. Nosso trabalho é contínuo, com observação dos animais e atualização dos protocolos de biossegurança”, reforçou Jamile.
Em parceria com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), o órgão encaminhou o material coletado do cisne ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas (SP). A expectativa é que o laudo definitivo saia em até 10 dias úteis.
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Fechamento temporário e cautela para garantir segurança
Como medida de segurança, o zoológico ficará temporariamente fechado à visitação até que os resultados laboratoriais confirmem a ausência da gripe aviária. A supervisora tranquiliza a população e garante que os demais animais do parque estão saudáveis.
“Essa é uma medida de precaução. Nenhum outro animal apresentou alteração, e estamos confiantes de que o resultado será negativo. É um ato de responsabilidade com a saúde pública e o setor produtivo”, disse Jamile.
Prevenção depende da atuação conjunta
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destacou a importância do esforço coletivo para manter o Estado livre da gripe aviária. Segundo ele, a Agência tem promovido ações de educação sanitária e orientado produtores e profissionais do setor a adotarem medidas de prevenção.
“A prevenção depende de todos. É essencial que a informação chegue com clareza e rapidez a quem está na linha de frente da produção avícola. O trabalho da Agrodefesa é contínuo e voltado à vigilância e à orientação técnica”, afirmou.
A ação da Prefeitura, em parceria com órgãos estaduais e federais, demonstra o comprometimento de Goiânia com a saúde animal, a segurança dos visitantes e o apoio ao setor produtivo goiano.
