O coronavírus faz cada vez mais vítimas. Até esta quinta-feira (23), quase 2,7 milhões de pessoas foram infectadas em todo o mundo e o número de mortes está chegando a 190 mil. O país com mais casos é os Estados Unidos, que acumula quase 1 milhão e mais de 50 mil mortes. Mas uma outra estatística que também está subindo é a de pacientes curados que já somam mais de 700 mil no mundo e mais de 80 mil nos EUA. Um deles é Rodrigo Marinho, engenheiro de som da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte. Durante férias em Orlando, o brasileiro acabou sendo contaminado pela Covid-19 e passou de terror.
“Muita dor no corpo e na cabeça. A febre era de 40° graus, meu corpo parecia estar pegando fogo. Fiquei com esses sintomas até 30 de março. Sentia dor no peito e tossia bastante. Tive muita falta de ar também”, disse Rodrigo Marinho, em entrevista ao vivo repórter Juliano Moreira, durante o programa Rádio Livre, na Rádio Bandeirantes Goiânia.
O engenheiro descreve primeira vez em que precisou ser levado ao hospital. “Decidimos dormir em quartos separados por segurança. Em uma noite acordei minha esposa e pedi pra que chamasse uma ambulância pois não conseguia respirar. Ela ligou e chegaram super rápido. Assim que cheguei ao hospital, detectaram que estava com pneumonia e me levaram para um outro hospital. A partir daí apaguei”, conta.
Em viagem de férias que começou em 02 de março, o brasileiro passou com sua família por outros dois países antes de chegar ao destino final, a América. “Passamos por Cuba, Jamaica e chegamos em Orlando em 09 de março, após conexão com Miami. Ficamos na dúvida se voltaríamos ou não pro Brasil, afinal temos muitos amigos e familiares aqui. Decidimos ficar até o início de abril e a gente volta. Quando foi no dia 24 de março, comecei a desenvolver os sintomas do Coronavírus”, afirma.
Hidroxicloroquina
O polêmico remédio se popularizou após os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Jair Bolsonaro, do Brasil, divulgarem que está sendo eficaz no combate à Covid-19. Após ainda não conseguir comprovação científica para permitir o uso do medicamento em todos os casos de coronavírus, Trump recuou e não toca mais no assunto. Já o presidente Bolsonaro esteve resolvendo problemas políticos, como a crise com Luiz Henrique Mandetta e a mais recente disputa de poder com Sérgio Moro, e deixou a insistência com a divulgação do remédio de lado.
Rodrigo ficou respirando com ajuda de aparelhos por cinco dias e recebeu medicamentos que não fizeram efeito. “Me deram hidroxicloroquina e outros antibióticos, mas nenhum deles fizeram efeito e meu quadro foi piorando muito. Cheguei a ter 100% do pulmão tomado pelo coronavírus. Meu pulmão já não atuava mais”, disse.