O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) retirou da pauta o julgamento da ação que acusa o governador Ronaldo Caiado e o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, ambos do União Brasil, de abuso de poder político. A sessão estava agendada para o dia 25 de março. No entanto, em 19 de março, solicitaram a exclusão do pedido.
O documento divulgado pelo TRE-GO não especifica o motivo da retirada do julgamento nem estabelece uma nova data para a análise do caso. Nos bastidores, especula-se que a ausência do presidente do tribunal, Luiz Cláudio Veiga Braga, poderia comprometer o quórum necessário para o julgamento.
Julgamento pode ser retomado em abril
O processo foi incluído na pauta do TRE-GO em 18 de março. A sessão deveria ocorrer cerca de dez dias antes do lançamento da pré-candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República, previsto para 4 de abril. Agora, espera-se que a sessão ocorra no dia 8 de abril, embora ainda sem confirmação oficial.
A ação começou após um pedido do ex-candidato à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL). Ele alegou que Caiado promoveu reuniões com vereadores, suplentes e lideranças políticas no Palácio das Esmeraldas durante o período eleitoral. Isso caracterizaria abuso de poder político e de autoridade.
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Decisão da Justiça e recursos apresentados
A juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral, acatou a denúncia e determinou a cassação da chapa de Sandro Mabel, além da inelegibilidade de Caiado e do prefeito por oito anos. A defesa dos dois políticos recorreu da decisão no TRE-GO.
O Procurador Regional Eleitoral de Goiás, Marcelo Wolff, analisou o caso e emitiu parecer contrário à cassação e à inelegibilidade da chapa. Ele sugeriu limitar a punição ao pagamento de multas.