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sábado, 23, novembro 2024
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Sindicato denuncia que motoristas ainda não receberam equipamentos de proteção contra Corona

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Em entrevista ao Jornal Bandeirantes, na manhã desta segunda-feira (16), o diretor financeiro do Sindcoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, afirmou que as empresas de ônibus ainda não forneceram equipamentos de proteção aos motoristas contra o Coronavírus, mesmo após várias medidas tomadas pelo Governo Estadual e Municipal.

Segundo ele, os trabalhadores do sistema estão com “muito medo”, mas “ainda não foi passado nada”. “Em plena época de coronavírus em que reivindicamos cuidados com os trabalhadores e não tivemos resposta nenhuma das empresas, por enquanto”, criticou.

Carlos diz que espera a sensibilização das mandatárias do sistema e também de outros órgãos de defesa do trabalho, como Ministério Público do Trabalho (MPT) e Tribunal Regional do Trabalho (TRT), para que ocorra uma sensibilização e que os equipamentos de segurança contra a doença cheguem até os motoristas.

“Porque aos nos proteger, estão protegendo também as milhares de pessoas que pegam o ônibus”, reafirmou.

Negociação

O Sindcoletivo ainda negocia com as empresas o reajuste no salário dos motoristas. Em reunião na semana passada, foi ofertado aumento de 3,5% aos trabalhadores, o que foi recusado pelos Sindicato.

Carlos disse que eles já conhecem “o jogo duro na hora da negociação” e acusa as empresas de aumentar tarifa e oferecer pouco aumento para “conseguir tudo o que é de melhor”.

“O que acontece hoje é uma ingerência muito grande. Empresas reduziram quadro de funcionários em mais 50%, atribui todas as funções ao motorista que trabalha em um estresse terrível”, argumenta. Ele lembra que além do aumento salarial, uma das principais reivindicações são relativas as condições de trabalho. “Essas são exigências que fazemos e precisamos ser ouvidos”, concluiu.

Paralisação

O diretor não negou que uma possível paralisação dos motorista possa ser feita neste ano já que, segundo ele, a sensibilidade das empresas só chegam a partir desse efeito. Porém, ele pontuou que toda mobilização é pensada na responsabilidade que eles devem ter com a população.

“Nós temos muita responsabilidade ao tentar fazer uma paralisação porque temos conhecimento que seriam mais de 1 milhão de usuários ficariam sem ônibus. Temos consciência que isso é grande e tem muitas vezes impacto negativo”, declarou.

“O principal beneficiado é o usuário, por isso pedimos ajuda”, finalizou.

Medidas

Após as novas normas para tentar conter o avanço do Coronavírus em Goiás, as empresas informaram que os ônibus que circulam na capital passariam a receber um tratamento diferenciado com um serviço de higienização reforçado.

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