O agronegócio sustentou a economia goiana durante a pandemia. É o que avalia o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e deputado federal (DEM-GO), José Mário Schreiner. “O setor vem segurando a economia, por meio da geração de empregos e da segurança alimentar da nossa população, não só local, mas mundial”, destacou o parlamentar em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia nesta quarta-feira (23).
De acordo com Schreiner, quase 200 nações exportam do setor no Brasil, responsabilizando o país pela alimentação de mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Com isso, a crise provocada pela emergência de saúde pública neste ano evidenciou o caráter fundamental do segmento. “Iniciamos 2020 com várias expectativas, mas isso mudou. Apesar de ser tratado como essencial, o agro também sofreu grandes desafios no início [da pandemia] e enfrentou muitos transtornos. Mesmo assim, terminamos o ano com crescimento de 9%”, sublinhou.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicaram geração de empregos pelo agronegócio, em Goiás, foi de 5 mil 758 vagas nos primeiros dez meses deste ano. Além disso, como ressalta Schreiner, 43% dos empregos positivos no estado foram gerados pela área.
Para ele, a geração de postos de trabalho é, sem dúvidas, a maior contribuição que o setor pode dar ao estado, tanto para a economia quanto para o desenvolvimento social dos mais vulneráveis. “Emprego é o programa social mais eficiente que existe”, arrematou.
O presidente da Faeg ressalta que iniciativas sociais têm sido estimulada junto aos produtores, especialmente após a disseminação internacional da Covid-19. “O setor abraçou a causa e temos buscado esse apoio, fazendo esse apelo aos produtores para que contribuam de forma espontânea”, afirmou.
Perspectivas e desafios
José Mario Schreiner diz que “enxerga 2021 de uma forma muito positiva”. Todavia, alguns desafios precisam ser superados. “Em Goiás, nós ainda temos vazios logísticos muito grandes, áreas que podem entrar de uma forma mais forte no setor produtivo”, pontuou.
Para o ano que vem, as instituições do segmento esperam um PIB menor que 2020 para o agro. “Existe uma expectativa de alguns economista que esse número tenha crescimento de no país e, em Goiás, nós esperamos que fique em torno de 4%”, aponta. Esse número ocorre, segundo explicou o presidente, problemas climáticos.
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