Para falar sobre vários tipos de violências contra a mulher, os ciclos de ocorrências e as formas de denúncias, o Instituto Municipal de Assistência Social de Goiânia (Imas) realizou diversos debates durante os 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.
Os eventos contaram com a participação da delegada Josy Alves, titular da delegacia especializada no atendimento à mulher (DEAM), da psicóloga Viviane Barcelos e da secretária municipal de Políticas para Mulheres, Tatiana Lemos.
Segundo Tatiana Lemos, o Brasil ocupa o 5º lugar em um cenário em que se mata mulheres pelo simples fato de pertencer a este gênero. Ela lembrou sobre o compromisso da geração contemporânea com uma luta que vem de anos e que ainda se mostra insuficiente para coibir as agressões.
Dentre as várias formas de violência, a delegada Josy Alves citou a física, que é quando a mulher é empurrada, leva chute, é amarrada, violentada e apanha; a moral, que envolve ações de calúnia, injúria e difamação, e a psicológica, que acontece quando a mulher é humilhada, insultada, isolada até dos parentes, perseguida ou ameaçada.
A delegada destacou também a violência sexual, quando a mulher é pressionada a práticas de que não gosta, quando o parceiro se nega a usar preservativo ou quando lhe é negada o direito a métodos contraceptivos.
“Há ainda a violência patrimonial e econômica, que é quando o homem controla o dinheiro, não permitindo acesso a compras, ou quando destrói objetos pertencentes à mulher, não a deixa trabalhar ou oculta bens e propriedades”, ressaltou.
A psicóloga Viviane Barcelos citou estatísticas com a comprovação de que 54% das agressões acontecem dentro do ambiente doméstico, explanando sobre a crueldade da dependência da mulher e alertando sobre a necessidade de denúncia aos canais competentes tão logo se perceba qualquer sinal indicativo de que a mulher está sofrendo maus-tratos.
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