A PF (Polícia Federal) entregou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o relatório que investiga o senador por Alagoas Renan Calheiros (MDB) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
O indiciamento da PF contra o senador alagoano se dá por causa de um suposto pagamento de propina de R$ 1 mi oriundo da Odebrecht, que teria subornado o parlamentar para obter um contrato de interesse da empresa. O caso teria ocorrido em 2012 quando Renan era presidente do Senado.
O senador Renan Calheiros é o relator da CPI da Covid, no Senado, que investiga supostas irregularidades do governo federal no combate à pandemia da covid-19. O senador também vem fazendo duras críticas à gestão de Jair Bolsonaro. Em um bate boca, também na CPI, com o senador e filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Renan criticou Flávio, que respondeu chamando Renan de “vagabundo”.
Ainda de acordo com o indiciamento da PF, Renan teria recebido a propina para ajudar na aprovação de um projeto favorável à Odebrecht e que a propina teria sido paga em dinheiro vivo a um motorista do político, que não teve a identidade revelada.
O senador negou que tenha recebido propina e afirmou que as investigações são de 2017. Ele disse ainda que devido à ausência de provas, resolveram procrastinar as investigações.
“Essa investigação está aberta desde março de 2017 e, como não encontraram prova alguma, pediram prorrogação”.
Ainda segundo o senador, estas ações poderiam ser por causa de sua atuação forte na CPI da Covid, mas que mesmo assim isso não o intimidará.
“Não irei me intimidar. Os culpados pelas mortes, pelo atraso das vacinas, pela cloroquina e pela propina irão pagar”, concluiu o senador Renan Calheiros.
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