Nesta segunda-feira, 26, o ministro da economia Paulo Guedes, declarou aos jornalistas em Washington (EUA), para não assustarem caso alguém peça o AI-5 diante de quebradeira nas ruas. Logo em seguida Guedes corrigiu, e disse que a democracia brasileira não aceitaria um ato de repressão.
O ministro ficou irritado com às perguntas de repórteres sobre manifestações populares em países vizinhos, como Chile, Equador e Bolívia, contra reformas econômicas e também quanto teve que responder se tinha medo do ex-presidente Lula, que realizou duras críticas contra a política econômica do governo.
“É irresponsável chamar alguém pra rua agora pra fazer quebradeira. Pra dizer que tem que tomar o poder. Se você acredita numa democracia, quem acredita numa democracia espera vencer e ser eleito. Não chama ninguém pra quebrar nada na rua. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo pra quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente?”, disse Paulo Guedes, ministro da economia.
No final da entrevista, depois da declaração sobre o AI-5, o ministro da economia corrigiu e disse que seria inconcebível pensar num ato de repressão da ditadura militar.
“É inconcebível, a democracia brasileira jamais admitiria, mesmo que a esquerda pegue as armas, invada tudo, quebre e derrube à força o Palácio do Planalto, jamais apoiaria o AI-5, isso é inconcebível. Não aceitaria jamais isso.”