A Patrulha Mulher Mais Segura, da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, atua todos os dias no apoio a mulheres vítimas de violência. O trabalho envolve acolhimento, proteção, cumprimento de mandados judiciais, acompanhamento de medidas protetivas e encaminhamento a serviços especializados, garantindo a defesa dos direitos e da dignidade das vítimas.
“Todos os dias cada medida cumprida representa um passo na proteção da vida de uma mulher”, destaca a comandante da patrulha, Luiza Sol. “Nossa missão é constante, humana e necessária. Reforçamos a coragem das mulheres que denunciam e a dedicação da equipe que trabalha para garantir segurança e dignidade”, completa.
De janeiro a julho de 2025, a patrulha realizou 3.744 atendimentos diretos, entre visitas presenciais, acompanhamentos remotos e cumprimento de ofícios. Nesse período, foram acompanhadas 1.398 medidas protetivas de urgência, incluindo casos de reincidência. O levantamento mostra que o perfil das vítimas se concentra, principalmente, entre 31 e 40 anos (36,8%) e 18 e 30 anos (31,9%).
Além da rotina diária, a patrulha também promove ações educativas e preventivas. Só no primeiro semestre, mais de 3,6 mil mulheres participaram de palestras, campanhas e eventos. A Operação Shamar, ação nacional das forças de segurança, alcançou mais de 269 mil pessoas nas redes sociais, ampliando a conscientização sobre respeito e igualdade.
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História de superação
Entre as mulheres atendidas está a professora Valdelene Silva de Leão, de 53 anos. Ela conta que a violência começou de forma silenciosa e escalou com o tempo.
“A primeira vez foi no carro, depois de um evento. Ele dirigia em alta velocidade, com meu filho dentro, ameaçando bater. Era ciúme, descontrole. Depois vieram as ameaças de morte”, relembra.
Após procurar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), Valdelene recebeu acolhimento da patrulha. “Pouco depois recebi a ligação da Guarda, dizendo que estariam cuidando de mim. Ali eu me senti segura. Não era só a Guarda, eram meus anjos da guarda.”
Hoje, ela celebra a liberdade reconquistada. “Me sinto livre, posso ir e vir sem medo. A patrulha é um exército de anjos, acolhem de verdade. Eles ajudam em tudo, até com alimentação e apoio psicológico. Sou muito grata. Digo com orgulho: sou uma mulher livre e me amo demais.”