O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, disse em seu primeiro pronunciamento a frente da pasta que há um “alinhamento completo” entre ele e o presidente Jair Bolsonaro.
“Vou trabalhar para que a sociedade retome de forma cada vez mais rápida a vida normal”, pontuou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 15, após a demissão de Luiz Henrique Mandetta do cargo.
Em apoio ao discurso de Bolsonaro, que tem defendido a manutenção de empregos e o afrouxamento do isolamento social no Brasil, Teich disse que saúde e emprego não competem entre si, mas são complementares.
“Vira uma coisa polarizada como se estivéssemos tratando pessoas versus dinheiro, empregos versus pessoas doentes e bem versus o mal. Não é isso”, afirmou. “O desenvolvimento econômico arrasta outras coisas. Quanto mais desenvolvido um país é,mais ele investe em saúde, educação e recursos para ajudar a sociedade.”
Teich acrescentou que a redução da atividade econômica também afeta clínicas de diagnósticos e de tratamento, impactando na sobrevida de pacientes e índices de curas de outras doenças, como câncer e problemas cardiovasculares.
Nelson Teich disse ainda que nenhuma mudança brusca será realizada neste primeiro momento, mas que é fundamental entender qual é a melhor forma de isolamento, bem como a doença em si. “Entender mais sobre a doença trará uma capacidade de planejar e sair da política de isolamento, isso é fundamental, porque as pessoas têm dificuldades em se isolar”.
“Estamos vivendo um momento único, aprendendo como a doença de comporta; começando a entender isso, assumimos o comando do problema e, em algum momento, solucionamos”, concluiu.
Perfil
O novo ministro da Saúde é médico oncologista e empresário do setor. É natural do Rio de Janeiro, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com especialização em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Também é ócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.
Teich chegou a atual como consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018, e foi assessor no próprio Ministério da Saúde, entre setembro do ano passado e janeiro deste ano.
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