O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado da região Sul (Gaeco Sul), deflagrou nesta quinta-feira (21) a Operação Regra Três, que investiga suposta organização criminosa responsável por fraudes em contratações públicas e desvio de recursos destinados principalmente a reformas e obras em escolas estaduais de Rio Verde. A ação contou com o apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO) e da Controladoria-Geral do Estado.
As investigações indicam que o grupo era liderado por um delegado da Polícia Civil, sócio do Instituto Delta Proto, e por sua esposa. A Justiça expediu mandado de prisão preventiva, 17 mandados de busca e apreensão em Goiânia e Rio Verde, além de determinar bloqueio de contas e apreensão de bens para possível ressarcimento ao erário.
Segundo o MPGO, o esquema desviou mais de R$ 2,2 milhões desde 2020 em pelo menos 40 processos de dispensa de licitação supostamente fraudulentos. As fraudes incluíram reformas em escolas, impressão de material didático e contratação do instituto ligado ao grupo para o concurso da Câmara de Rio Verde.
Os crimes investigados incluem organização criminosa, contratação direta ilegal, falsidade ideológica e lavagem de capitais.
A operação mobilizou 19 promotores de Justiça, 26 servidores e 25 agentes de segurança institucional do MPGO, além de 14 delegados e 60 policiais civis.
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Atuação regionalizada
Esta foi a primeira operação deflagrada pelo Gaeco Sul, unidade recém-criada do Gaeco estadual. A estrutura descentralizada busca tornar o combate ao crime organizado mais próximo das realidades locais, respeitando peculiaridades regionais, a abrangência territorial e a demanda de cada área.
Por se tratar de investigação em andamento, o MPGO informou que não divulgará nomes dos investigados nem concederá entrevistas neste momento.
