Goiás é um dos 13 Estados brasileiros cujos novos casos da covid-19, registrados ao longo dos primeiros dias de 2022, são quase todos da variante Ômicron.Segundo uma pesquisa divulgada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI) nesta semana, cerca de 90 a 100% das infecções examinadas nesses 13 Estados são da cepa registrada inicialmente na África do Sul.
A análise feita pelo governo federal nos testes positivos da covid-19 de Goiás, colhidos no início do ano, mostram que 92,5% dos casos sequenciados eram da variante citada. A Ômicron chegou ao País no dia 23 de novembro do ano passado. A primeira contaminação pela cepa em Goiás e, posteriormente, a primeira morte no Estado pela variante foram confirmados em Aparecida de Goiânia. No mês em que chegou ao Estado, a cepa representava apenas 4,31% dos infectados no território goiano. Menos de dois meses depois, o número já atinge quase 100% dos registros.
O poder de disseminação da Ômicron é mais facilmente notado ao compará-la com a variante Delta, proveniente da Índia. Como mostra o estudo do MCTI, a cepa indiana demorou cerca de 20 semanas para alcançar a marca de 100% dos novos casos registrados no País. Enquanto isso, a variante sul-africana se tornou dominante entre as novas infecções em apenas seis semanas.