Em entrevista ao Jornal Bandeirantes na manhã desta quarta-feira (15), o deputado federal e líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, afirmou que uma reaproximação entre o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o presidente Jair Bolsonaro é possível “dependendo da postura” do governante estadual. Segundo ele, o presidente se mostrou aberto a ter o aliado novamente.
Segundo o parlamentar, ele autuou primeiro para tentar conter o rompimento “unilateral” de Caiado e Bolsonaro, mas que isso mudou após as críticas mais sérias do governador ao presidente. “Na sequencia eu vi que o governador fez uma séria de movimentos mais radicais e fui obrigado a fazer uma crítica pública ao governador (…) mas não perdi essa vontade de em algum momento”, declarou.
Porém, para isso que seja possível, o deputado crê que deve haver um “retrocesso” de Caiado em relação ao presidente. De acordo com ele, na visita à construção do hospital de campanha em Águas Lindas no fim de semana, foi percebido que Bolsonaro está aberto à essa reaproximação.
“Ele (Bolsonaro) nunca retrucou governador embora houvesse todas as razões e argumentos para fazê-lo, mas sempre preferiu atuar como contemporizador”, destacou.
Mandetta
Em relação a uma possível demissão do atual ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, o deputado goiano disse que o presidente “tem feito suas avaliações” e que ele tem “certeza absoluta que vai tomar a melhor decisão no melhor momento”.
Para Vitor Hugo, a entrevista que o ministro deu ao programa Fantástico deixou claro a possível troca no comando da pasta que hoje é a mais importante no combate à pandemia do novo coronavírus no Brasil. “Com a entrevista que o ministro deu no domingo, realmente ele passou em alguns momentos até o respeito hierárquico que ele com o presidente da república e acho que ele acirrou e deixou pronunciada sobre uma possível troca dele”, acredita o parlamentar.
Mas ele reiterou que “pelo o que conhece de Bolsonaro”, o presidente “está fazendo uma avaliação do melhor momento para se trocar e a conveniência de se fazer” pensando também “no bem da população” na prestação do serviço de saúde, planejamento e ações efetivas do Ministério contra a pandemia.
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