Em decisão nesta quarta-feira (29), a juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães manteve, em audiência de custódia, a prisão do ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) Lucas Vissoto, que é suspeito, de acordo com a Polícia Civil, de envolvimento num suposto desvio de R$ 10 milhões em um contrato de manutenção de 26 prédios públicos do estado.
Segundo a decisão, deve-se haver a manutenção da prisão temporária dos suspeitos.
“Em face das segregações serem oriundas de mandado de prisão temporária – prazo de cinco dias – os custodiados deverão retornar ao local onde estavam segregados (caso requerido pela autoridade policial) ou à Casa do Albergado, devendo lá permanecerem até o término do prazo estabelecido na ordem de restrição ou outra determinação judicial”, diz trecho da decisão.
Ainda de acordo com a juíza Ana Cláudia Veloso, “a manutenção da prisão temporária, na hipótese, serve, inclusive, como garantia para os investigados, porque menos gravosa que a prisão preventiva e exigirá, a posteriori, nova análise da conveniência e oportunidade da custódia cautelar”.
Em nota, o Governo de Goiás informou disse que as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo própria gestão e devidamente comunicadas às autoridades policiais.
“A gestão estadual tem como premissa tolerância zero com qualquer eventual desvio de conduta no trato do dinheiro público. O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações”, diz o texto.
A operação ocorreu na terça-feira (28), chamada de “Obra Simulada,” cumpriu 39 mandados, sendo 15 de prisão, incluindo a de Vissoto, e 24 de busca e apreensão em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos e deixará o espaço aberto para futura manifestação.