O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) arquivou uma investigação contra o ex-governador de Goiás e atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, acerca de crimes eleitorais, associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a doações não registradas da JBS para sua campanha ao governo do estado, em 2010.
A investigação supracitada é oriunda do inquérito que teve origem em um acordo de delação premiada entre o empresário Joesley Batista, da JBS, e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Com o encerramento da investigação, o ex-governador não enfrenta mais processos ou inquéritos pendentes contra ele.
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes ordenou na quarta-feira (24) o encerramento do caso envolvendo o tucano, argumentando que investigações criminais prolongadas sem resultados concretos constituem um constrangimento ilegal.
Mendes observou que o inquérito foi aberto há quase cinco anos, o que significa que o requerente estava sendo investigado por eventos ocorridos, em tese, há mais de 14 anos, sem que a Polícia Federal tenha reunido evidências suficientes para justificar uma acusação formal. Seguindo a decisão do ministro, o juiz eleitoral Alessandro Pereira Pacheco determinou o arquivamento do inquérito policial.
Marconi Perillo alega em entrevistas que foi prejudicado com perseguições políticas nas eleições passadas, em 2022, quando foi candidato ao Senado Federal. À época, Perillo ficou em segundo lugar e obteve mais de 620 mil votos, pleito que teve Wilder Morais (PL) eleito.