O governador Ronaldo Caiado e o vice-governador Daniel Vilela apresentaram, nesta quarta-feira (10), o projeto de requalificação do Complexo Serra Dourada. A modernização, orçada em mais de R$ 300 milhões, será executada com recursos 100% privados pelo Grupo Construcap, novo gestor do espaço pelos próximos 35 anos. As obras devem começar em maio de 2026.
O plano transforma o estádio, o Ginásio Goiânia Arena e o Parque da Criança em um polo integrado de esporte, cultura, lazer e turismo, com funcionamento diário. Segundo Caiado, a proposta inaugura uma nova etapa para Goiás. “São 400 mil metros quadrados que passam a oferecer atividades permanentes e modernas para a população. Goiás está se posicionando à frente de outros estados”, afirmou.
O governador reforçou que todo o complexo permanece como patrimônio público, enquanto a administração passa à iniciativa privada. O modelo, disse, evita uso de recursos estaduais e assegura investimentos contínuos. “Estruturas dessa natureza precisam de gestão profissional para garantir eficiência e qualidade”, destacou.
Daniel Vilela, responsável por conduzir o processo de concessão, afirmou que o projeto deve reposicionar o Estado no cenário esportivo e cultural. “O Serra Dourada volta a ter condições para grandes jogos, inclusive da Seleção Brasileira, e será preparado para receber shows e eventos de grande porte”, observou. A expectativa é consolidar Goiás como hub de entretenimento do Centro-Norte do país.
A Construcap calcula a geração de 2,5 mil empregos até 2028, durante a fase de obras, e três mil postos permanentes após a conclusão. A partir de 2030, o impacto econômico anual estimado é de R$ 1 bilhão. “Estamos trazendo nossa experiência para entregar um dos projetos mais modernos do país”, afirmou o diretor-presidente da empresa, Roberto Capobianco.

Intervenções previstas
O planejamento projeta mais de 150 eventos anuais e cerca de 3 milhões de visitantes por ano. No Estádio Serra Dourada, o projeto inclui:
• preservação da arquitetura original;
• rebaixamento do gramado;
• instalação de camarotes no nível do campo – modelo comum em estádios norte-americanos;
• criação de 60 novos camarotes e lounges climatizados;
• modernização de toda a área de alimentação;
• ampliação do acesso para veículos de produção;
• substituição das cabines de rádio;
• implementação de tecnologias como reconhecimento facial;
• capacidade readequada para 44 mil pessoas em jogos e 60 mil em shows.
O Goiânia Arena ganhará fachada em LED, nova estrutura acústica, 29 camarotes e adaptação para grandes espetáculos. A área externa será transformada em parque poliesportivo aberto ao público, com ciclovia, pista de corrida, quadras, mobiliário urbano e um parque linear com o plantio de cerca de 800 árvores do cerrado. O complexo contará ainda com rede de fibra óptica, cobertura 5G e centro de controle operacional.
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Execução em etapas
A reforma do estádio está prevista para durar 24 meses, mas o governo assegura que o complexo continuará funcionando. Eventos poderão ocorrer nas áreas de estacionamento e no ginásio, que receberão intervenções mais rápidas.
Para o secretário de Esporte e Lazer, Rudson Guerra, a requalificação elevará o padrão do equipamento. “Estamos caminhando para ter o melhor estádio do país”, afirmou. Já o secretário-geral Adriano da Rocha Lima destacou que o novo modelo de operação permitirá que Goiânia integre o calendário de grandes eventos nacionais e internacionais.


