Goiás permanece sem nenhum caso registrado de gripe aviária, tanto em criações comerciais quanto em criações de subsistência. Ainda assim, o governo estadual reforça as medidas de prevenção contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). As ações incluem vigilância ativa, monitoramento de aves silvestres e domésticas, fiscalização de estabelecimentos e capacitação técnica das equipes de campo.
Com a avicultura entre as maiores do país, o estado tem adotado medidas rigorosas para proteger a produção e manter a segurança alimentar. Além das ações em andamento, o Governo de Goiás prepara a reedição de um decreto estadual de emergência zoossanitária, alinhado à prorrogação da emergência nacional anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A medida deve ser publicada nos próximos dias e vai garantir mais agilidade para implementar estratégias de contenção caso o vírus H5N1 seja identificado no território goiano.
Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, mesmo fora da vigência do decreto anterior — que expirou em janeiro deste ano — o Estado manteve as ações preventivas.
“A decisão de reeditar o decreto reforça nosso compromisso com a saúde animal, a saúde pública e a estabilidade econômica do setor avícola”, afirmou.
Ações preventivas em andamento
Entre as iniciativas já implementadas em Goiás estão:
- Vigilância ativa em criações comerciais, familiares e áreas com circulação de aves migratórias;
- Capacitação de servidores e equipes técnicas para identificação precoce e resposta rápida;
- Campanhas educativas e orientação a produtores, médicos veterinários e demais profissionais do setor;
- Fiscalização de locais que comercializam aves vivas;
- Reforço das medidas de biosseguridade nas granjas, com apoio técnico da Agrodefesa;
- Plano de contingência atualizado, com procedimentos definidos para contenção e erradicação de focos da doença.
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, destacou que o estado segue em alerta desde 2023.
“Estamos preparados para agir com rapidez e proteger tanto o plantel avícola quanto a população goiana”, disse.
Avicultura é estratégica para a economia goiana
Goiás ocupa o 4º lugar no ranking nacional de produção de aves, com destaque para os polos de Itaberaí e Rio Verde, entre os maiores do Brasil. O setor emprega diretamente mais de 240 mil pessoas e é uma das principais fontes de renda do estado.
“A ausência de casos e o fortalecimento das ações sanitárias preservam a credibilidade da nossa avicultura nos mercados interno e externo”, reforçou o presidente da Agrodefesa.
Atenção redobrada
Embora o primeiro caso de gripe aviária em aves comerciais no Brasil tenha sido confirmado apenas recentemente — no último dia 15 de maio, no Rio Grande do Sul —, o vírus já circula pelo mundo desde 2006, especialmente na Ásia, África, Estados Unidos e Europa. Em Goiás, até agora, não houve nenhuma ocorrência, seja em aves silvestres, de subsistência ou comerciais.
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, alerta que a população também deve estar atenta aos sinais da doença.
“A gripe aviária pode chegar por meio de aves migratórias, por isso, não é apenas o produtor rural que precisa se preocupar”, explicou. Ela ressaltou que a transmissão para humanos é rara e só ocorre por contato direto e frequente com aves contaminadas. O consumo de carne ou ovos não representa risco.
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Como identificar sinais da gripe aviária:
- Tosse, espirros e secreção nasal
- Hematomas nas pernas ou músculos
- Inchaço nas juntas das pernas, crista ou barbela com coloração azulada ou escura
- Falta de coordenação motora ou andar em círculos
- Diarreia, desidratação e redução na produção ou qualidade dos ovos
Onde denunciar:
Em caso de suspeita, qualquer cidadão pode notificar a Agrodefesa por meio das seguintes opções:
- Plataforma e-Sisbravet, disponível no site www.goias.gov.br/agrodefesa
- WhatsApp ou telefone: (62) 98164-1128