Com tema voltado à velhice LGBTQIA+, ato reuniu milhares na Paulista para celebrar resistências e cobrar respeito
“Viver e não ter a vergonha de ser drag queen”, cantou Silvetty Montilla, uma das maiores drags do país, abrindo a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo neste domingo (22). A frase virou lema da multidão que ocupou a avenida Paulista com glitter, leques coloridos, fantasias e discursos políticos em defesa da diversidade e da vida digna para pessoas LGBTQIA+ mais velhas.
Com o tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”, a edição de 2025 foi palco de homenagens, desabafos e promessas de luta. Políticos como Amanda Paschoal, Guilherme Cortez e Professora Bebel criticaram o conservadorismo e destacaram a urgência de políticas públicas para a população LGBT idosa. “Envelhecer é desafiador para todos, mas para nós, ainda mais”, disse Amanda.
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Histórias pessoais também emocionaram. O pastor Filipe Scarcella, de 37 anos, celebrou sua primeira Parada abraçado ao namorado. Já o professor Isaac Khaky criou um colete com fotos de ícones como Ney Matogrosso e Marco Nanini, exaltando os corpos e trajetórias que resistem ao tempo e à opressão.
No trio, o leque virou símbolo de protesto e acolhimento. Batido no ar como resistência, lembrou que memória e futuro caminham lado a lado — ainda mais quando se fala em viver com orgulho, até o fim.
Com informações de Folha de São Paulo