Até março de 2021 não será possível saber se os Jogos de Tóquio irão acontecer ou não. Esta é a opinião de Toshiaki Endo, vice-presidente do Comitê Organizador da Olimpíada. Para ele, as incertezas causadas pela pandemia do novo coronavírus não permitem que nenhuma decisão em relação à realização ou não do evento sejam tomadas antes da primavera no Hemisfério Norte. Pela primeira vez, um executivo do Comitê fala sobre um prazo para tal definição.
“É preciso monitorar a situação do novo coronavírus até a próxima primavera antes de decidir se seguiremos em frente com os Jogos Olímpicos de Verão”, afirmou Endo.
O comentário do executivo acontece na mesma semana em que a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, afirmou que pode ser necessário que o Japão realize uma Olimpíada “simplificada” devido ao impacto causado pela covid-19 e que os organizadores já estão discutindo possíveis mudanças.
“A realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos exige a simpatia e o entendimento do povo japonês”, disse Koike. “Para isso, precisamos racionalizar o que precisa ser racionalizado e simplificar o que precisa ser simplificado”, acrescentou ela.
Presidente do Comitê de Coordenação do COI (Comitê Olímpico Internacional) para os Jogos de Tóquio, o australiano John Coates também defendeu que os organizadores devem planejar o que poderia ser um Olimpíada “muito diferente”, caso não haja sinais de erradicação da covid-19 até a nova data dos Jogos, reagendados para 23 de julho a 8 de agosto de 2021.
O COI ainda não se pronunciou sobre uma data para definir se os Jogos acontecerão ou não no ano que vem. No entanto, Comitê Organizador e COI já descartaram um novo adiamento. Caso um cancelamento seja inevitável, esta será a quarta vez que uma Olimpíada deixa de acontecer. As outras três – Berlim-1916, Tóquio-1940 e Londres-1944 – foram canceladas por causa das duas Grandes Guerras Mundiais.
Com informações do BandSports