O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) consolidou, ao longo deste ano, sua posição como referência nacional na produção de dispositivos ortopédicos sob medida. A unidade, administrada pelo Governo de Goiás por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), combina tecnologia avançada, produção especializada e atendimento humanizado para atender pessoas com deficiência em todo o estado.
Entre janeiro e outubro, mais de 10 mil dispositivos ortopédicos foram produzidos e entregues gratuitamente pelas duas frentes de trabalho do Crer: a Oficina Fixa, instalada em Goiânia, e a Oficina Itinerante, que percorre as regionais de saúde do estado.
Na Oficina Itinerante, estruturada dentro de um caminhão equipado para produção e ajustes de dispositivos, foram entregues 1.625 itens. Entre eles estão 185 calçados sob medida, 95 próteses, 490 órteses e 234 dispositivos auxiliares de locomoção. A Oficina Fixa concentrou a maior parte das entregas. No local, a equipe distribuiu 8.530 itens, incluindo 417 próteses, 2.276 órteses, 3.059 meios auxiliares de locomoção e 658 adequações de cadeiras de rodas.
A estrutura do Crer integra equipes multidisciplinares, tecnologia de digitalização, modelagem precisa e materiais de última geração, permitindo a produção de dispositivos personalizados, mais confortáveis e funcionais.

Histórias transformadas
A atuação do Crer também se destaca por histórias como a de Johnatha Pereira da Silva, de 43 anos. Ele sofreu uma amputação há 21 anos após um acidente de moto e recebe acompanhamento do hospital há duas décadas. Nesse período, recebeu próteses atualizadas, atendimentos psicológico, médico e fisioterapêutico, além de suporte contínuo da equipe técnica.
“O Crer não só me ajudou a recuperar minha autonomia, mas também devolveu minha confiança e meu projeto de vida. Hoje trabalho, sou casado, tenho dois filhos e levo minha vida normalmente”, conta. “A equipe virou minha família.”
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Tecnologia, alcance e impacto social
O diretor técnico assistencial do Crer, Ciro Bruno Silveira Costa, destaca o papel central da oficina ortopédica. Segundo ele, o serviço se tornou um dos pilares do processo de reabilitação no país.
“Aqui, tecnologia de ponta se alia ao cuidado humanizado para devolver funcionalidade e independência aos pacientes. Cada prótese, cada órtese, representa uma nova possibilidade de vida”, afirma.
A combinação entre a estrutura fixa e a ação itinerante permite que moradores de regiões distantes tenham acesso ao mesmo padrão de atendimento oferecido na capital. Para a SES, ampliar esse alcance fortalece o caráter público e universal da reabilitação ortopédica no estado.



