O Governo de Goiás vai investir na aquisição de equipamentos, ampliação do monitoramento e do serviço de inteligência policial para reforçar a segurança nas unidades de ensino da rede estadual de educação. A informação foi confirmada pelo governador Ronaldo Caiado, nessa terça-feira (11), após reunião realizada com um conselho formado por gestores públicos e representantes de entidades no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, para a elaboração do plano intitulado “Operação de Enfrentamento à Criminalidade nas Escolas”.
A compra de aparelhos, como detectores de metais portáteis, integra uma série de medidas a serem efetuadas na prevenção de ataques em escolas no território goiano, como o ocorrido em Santa Tereza de Goiás, onde duas alunas foram feridas a faca por um jovem de 13 anos, já apreendido pela Polícia Civil. As vítimas foram socorridas e estão internadas, fora de perigo.
A ampliação do policiamento também deve atender unidades municipais, federais e privadas. O chefe do Executivo afirmou ainda que encaminhará projetos de lei à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) para possibilitar a professores e coordenadores a vistoria de mochilas de jovens com atitudes suspeitas, responsabilizar plataformas de redes sociais pelo conteúdo publicado e pais quando forem omissos ou comprovadamente coniventes com o comportamento dos filhos. “São medidas enérgicas, mas no sentido de salvar vidas”, disse o chefe do Executivo.
Medidas
O secretário de Estado de Segurança Pública, Renato Brum, afirmou que o plano passa a valer de maneira imediata. Segundo ele, a Polícia Civil e a Polícia Militar já estão mapeando movimentações no ambiente escolar e digital. Nesta semana, a Polícia Civil de Goiás cumpriu, em Bela Vista, mandado de busca e apreensão na casa de um menor de 14 anos, que incitava e fazia apologia a crimes de massacres em escolas, e quatro mandados de busca e apreensão em Goiânia e Rio Quente, em virtude de ameaças feitas no ambiente virtual. Outro jovem com comportamento suspeito foi apreendido em Rio Verde.
A titular da Secretaria de Estado da Educação, Fátima Gavioli, celebrou os avanços da reunião. “Nós vamos, nesse momento, trazer para os servidores e os estudantes uma palavra de que tudo vai ficar bem e isso vai passar.”, explicou ela. “Não vamos parar. Vamos dar aulas todos os dias porque a escola é um espaço vital. Essa luta é contra a disseminação do mal nas redes sociais”, falou o presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio Roberto de Castro, que também cobrou participação das famílias nas escolas. “O pai tem a necessidade de comparecer à escola, ele precisa saber da vida do filho dele, em casa e na escola, e esses atos infracionais não podem passar em branco”, sublinhou.
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