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quinta-feira, 2, maio 2024
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Bares e restaurantes não devem abrir em Goiás mesmo com flexibilização de decreto

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Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Goiás (Abrasel-GO) decidiu que o segmento não deve reabrir as portas nos próximos dias, mesmo com a possibilidade de flexibilização com o novo decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM).

Por meio de nota, o presidente da Abrasel-GO, Fernando Jorge, pontuou que a reabertura deverá ocorrer “de maneira coordenada, programada e com muita responsabilidade com nossos colaboradores, clientes, fornecedores e toda a sociedade goianiense” e que as exigências que deveriam entrar em vigor para o segmento não permitiria a abertura de todos os estabelecimentos.  

Entre as medidas que segundo a Associação constariam no decreto, que foi repassado a eles por meio da assessoria do governador, estava a determinação que restaurantes só poderiam operar com 50% de sua capacidade e estaria proibida a abertura dos estabelecimentos com comida por kg, self-service ou qualquer tipo de Buffet. Também não seria possível abrir restaurantes que não tenham ventilação natural e que dependam exclusivamente de ar condicionado.

Além disso, o restaurante só poderiam operar com 50% de sua capacidade e o cliente só poderia permanecer no local por 40 minutos.

Jorge Fernando pontuou que, atualmente, os empresários do segmento estão amparados pelo governo federal em relação ao pagamento dos salários dos funcionários durante 60 dias, mas que, se reabrirem, perderão o benefício da medida provisória.

Na nota, ele lembra também que “nos locais onde não houve quarentena para restaurantes, como Curitiba e Vitória, estão operando com uma queda de 80% a 90% do faturamento e que o prenúncio de mortalidade de empresas já ronda a casa dos 50%” e que esses empresários também estão protegidos por vários decretos e convenções determinadas antes mesmo da quarentena.

O presidente também levou em consideração o risco de transmissão do vírus por meio dos transportes dos funcionários dos diversos bares e restaurantes e com evidências de que os números poderão ser cada vez maiores e o número de UTIs cada vez menores.

Veja a íntegra da nota da Abrasel-GO:

“Na noite de quarta-feira, dia 15/04/2020, fomos informados de que o Governo de Goiás estava acenando com a possibilidade de reabrir os Bares e Restaurantes, observadas as exigências e diretrizes para que isto acontecesse.

Procuramos o Governador e perguntamos quais seriam estas diretrizes e sua assessoria nos respondeu que algumas delas seriam:

1.Mesas 2m distantes umas das outras;

2.Pessoas distantes 1m uma das outras, ou seja, em uma mesa de quatro pessoas só podem sentar duas pessoas, em uma mesa de oito pessoas, só podem sentar quatro pessoas;

3.Restaurante só poderiam operar com 50% de sua capacidade;

4.Não poderão abrir estabelecimentos com comida por kg, self-service ou qualquer tipo de Buffet;

5.Não poderão abrir restaurantes que não tenham ventilação natural e que dependam exclusivamente de ar condicionado;

6.Não poderá,em hipótese nenhuma, haver shows ao vivo e nem voz e violão em nenhum tipo de estabelecimento; para evitar aglomeração;

7.Todos os colaboradores, inclusive Garçons, deverão utilizar máscaras descartáveis;

8.A permanência máxima do cliente na casa deverá ser de 40 minutos.

9.Boates, Pubs e afins não poderão reabrir em hipótese nenhuma;

10.Em caso de desobediência de algum estabelecimento às normas descritas acima, a quarentena poderia ser retomada a qualquer momento para todo o segmento;

11.E ainda, caso a pandemia se alastre em Goiânia, será decretado novamente o isolamento.

“SE SAIR DO CONTROLE, EU VOLTO A TRAVAR TUDO.” Disse o Governador Ronaldo Caiado, inclusive no Jornal O Popular do dia 17/04/2020.

“QUANDO FLEXIBILIZAR, OS NÚMEROS VÃO CRESCER. SE GOIÂNIA CHEGAR A 100 CASOS POR DIA, ACENDE O SINAL VERMELHO COMPLETO E PARA TUDO. VAMOS RETROAGIR DE NOVO. SE SAIR DO CONTROLE, EU TORNO A BAIXAR O DECRETO COM O ISOLAMENTO.” Ronaldo Caiado – Governador – Jornal o popular – 17/04/2020.

Após este feedback da assessoria, nos informaram que teríamos que definir naquele momento a nossa posição, pois o Governador estava finalizando o texto referente a Bares e Restaurantes para publicação do Decreto. Pedimos, então, 05 minutos para que pudéssemos fazer uma reflexão.

Então partimos para algumas considerações, nos cinco minutos que nos foram dados:

1.Considerando que não temos consenso sequer em nosso grupo de WhatsApp, com aproximadamente 200 empresários e mais de 100 estabelecimentos;

2.Considerando que o nosso segmento, somente em Goiânia, reúne mais de 12.000 pontos entreBares, restaurantes, botecos, cafeterias, pubs, etc.,com os mais diversos tamanhos de negócios, e que cada um tem a sua realidade;

3.Considerando que chegarão agora no Brasil, mais de 200 milhões de testes para COVID-19, portanto, quanto mais gente testada, maior o número de infectados, e por isto mesmo o número de 100 casos em Goiânia será alcançado facilmente nos próximos dias, seria iminente e inegável um novo fechamento em um futuro muito próximo;

4.Considerando que nos locais onde não houve quarentena para restaurantes, como Curitiba e Vitória, estão operando com uma queda de 80% a 90% do faturamento e que o prenúncio de mortalidade de empresas já ronda a casa dos 50%;

5.Considerando que em Goiânia negociamos uma CCT que nos resguardou desde antes do primeiro decreto do Governador;

6.Considerando, também, que estamos amparados por uma Medida Provisória que faz com que o Governo Federal pague os salários dos funcionáriospor um período de 60 (sessenta) dias. Retornando agora e chamando os funcionários de volta, perdemos o benefício previsto na MP;

7.Considerando que ingressamos com medida judicial que permitiu a suspensão de todos os protestos e inclusões no SPC e Serasa por um período de 90 dias (março, abril e maio).

8.Considerando que empregamos mais de 40.000 funcionários só na cidade de Goiânia, com impacto em mais de 200.000 pessoas diretas, que são seus familiares, e que estes, ao transitar no sistema coletivo de transportes, indo e voltando para os seus diversos locais de moradia, levando e trazendo o VÍRUS (Aparecida, Senador Canedo, Trindade, Goianira, etc.); CORRENDO O RISCO DE NOSSOS COLABORADORES E DE NÓS MESMOS CONTRAIRMOS O VÍRUS;

9.Considerando que hoje,17/04/2020, conforme o jornal O Popular, já atingimos 90% de OCUPAÇÃO DAS UTIS DISPONÍVEIS, portanto, a partir de agora, passarão a escolher quem fará uso da UTI;

10.Considerando,ao final, que diante do Decreto do Governador, temos uma oportunidade para renegociar dívidas de qualquer natureza, e se sairmos do guarda-chuva do Decreto (quarentena), estarão em nossas portas querendo receber e muitos sem crédito sequer para fazerem novas compras e suprirem os seus estoques neste momento, mesmo que de forma acanhada;

Portanto, amigos, mesmo sabendo que não seria uma atitude de UNANIMIDADE para o segmento, tivemos que decidir naquele momento e tivemos a coragem de afirmar ao Governador que quando tivermos que reabrir, que esta reabertura deverá ocorrer com a inclusão de todas e as mais diversas formas que abrangem o nosso segmento, de maneira coordenada, programada e com muita responsabilidade com nossos colaboradores, clientes, fornecedores e toda a sociedade Goianiense.

Sabemos, e temos total consciência, que teremos todos que nos reinventar e que teremos pela frente UM NOVO NORMAL.

Finalizamos com a seguinte frase: “Toda a unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”. Sabemos que não seremos unânimes nesta decisão, e ainda não sabemos se será acatada pelo Governador, mas, ao menos esperamos ser compreendidos por todos e apoiados pela maioria. Abraços a todos os nossos associados, e vamos continuar com serenidade e respeito ao próximo, pois o inimigo é invisível e desconhecido.Juntos venceremos este momento terrível”.

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