A pandemia de coronavírus paralisou o calendário do futebol nacional. Os campeonatos estaduais ainda estão com futuro indefinido, apesar de grande parte das equipes do interior já terem sido desfeitas. Em meio às discussões que cercam o futuro do futebol, estão as equipes da Série D, a divisão mais desprovida de recursos do futebol nacional. Na última quarta-feira (22), o São Caetano anunciou que desistiu de disputar a competição. Procuramos então os clubes goianos que estão na quarta divisão: Crac, Goiânia e Goianésia. Apesar dos elencos terem sido desfeitos, os jogadores estão sobreavisados e aguardam retorno para assinar novamente seus contratos.
Crac
Até o Goianão ser suspenso o Crac estava em quinto lugar, com 13 pontos. O elenco foi desfeito em 17 de março e pagou todos os acordos com os atletas. O presidente do clube é Roberto Antônio, que se mostrou pessimista com o futuro do futebol brasileiro.
“Acho que teremos muitas desistências da Série D. Ninguém sabe se vai ter a competição e quando vai começar. É muito difícil fazer um planejamento para um campeonato que não existe. Vamos aguardar a posição da CBF para fazer a montagem do novo elenco”, disse Roberto. Ainda segundo o presidente, o Crac ainda não recebeu os R$ 120 mil anunciado pela CBF.
Goiânia
Após anos de amadorismo, o Goiânia volta a disputar uma competição nacional. Com a boa campanha no Goianão 2019, o Galo se prepara para a Série D e manteve jogadores que serão utilizados na disputa. Mesmo com a luta contra o rebaixamento no estadual, o presidente Alexandre Godoi se diz empolgado com a quarta divisão.
“Estamos prontos e ansiosos para que comece o campeonato. Uma competição inédita para o Goiânia e pra mim é um trabalho que estamos almejando coisas grandes. Queremos fazer um bom campeonato e aproveitar o fato de todos os times estarem ‘nivelados’ para tentar o acesso à Série C”, afirma Godoi.
Goianésia
Concorrente ao título do Goianão 2020, o Goianésia terminou a primeira parte do estadual em quarto, com 15 pontos. A equipe desfez o elenco assim que a competição foi paralisada. Mas o presidente Marco Antônio avalia recontratar os atletas para a disputa do campeonato nacional.
“Tenho certeza que vai ter a Série D. Acreditamos que será com portões fechados e sem público. O Goianésia já recebeu os R$ 120 mil da CBF e ajudou muito. A nossa ideia é manter o elenco. Vamos avaliar com todos os patrocinadores e fazer um planejamento orçamentário novo”, afirma.
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