O Governo de Goiás lança nesta quarta-feira (19), às 14h, no HUB Goiás, um edital inédito voltado ao financiamento de projetos de enfrentamento à violência contra mulheres e meninas. A iniciativa é realizada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), com investimento total de R$ 1 milhão para apoiar propostas entre R$ 50 mil e R$ 250 mil, a serem executadas em até 24 meses.
O edital integra ciência, inovação e políticas públicas para desenvolver ações práticas de prevenção e proteção. A prioridade é apoiar projetos que vão além do diagnóstico, com intervenções aplicadas e construídas junto às próprias mulheres, fortalecendo redes de atendimento, serviços públicos e estratégias de autonomia em diversos territórios.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, o edital reforça o conjunto de programas do Goiás Social voltados à proteção e emancipação das mulheres.
“O Estado de Goiás atua na prevenção e no combate à violência contra a mulher e não se omite ao prestar atendimento às vítimas. Garantimos suporte para que superem a situação de violência, em articulação com diversas pastas e órgãos dentro e fora do governo”, destacou.
As propostas
As propostas devem ser submetidas pela Plataforma Sparkx-Fapeg e precisam abordar uma ou mais das linhas temáticas prioritárias: monitoramento da violência de gênero com foco em intervenção; avaliação e proposição de políticas públicas; tecnologias sociais e digitais; interseccionalidade; participação de homens e meninos na promoção da equidade; e ações de educação, cultura e comunicação.
O presidente da Fapeg, Marcos Arriel, afirma que o edital representa um avanço na política pública estadual.
“O edital é um marco. Ao investir em pesquisa aplicada, colocamos ciência e inovação a serviço da proteção das mulheres e das mudanças sociais que o país exige”, ressaltou.
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Quem pode participar
Podem submeter projetos pesquisadoras mulheres vinculadas a instituições de ensino superior ou de ciência e tecnologia, públicas ou privadas sem fins lucrativos, sediadas em Goiás. As proponentes devem ter título de mestra ou doutora, experiência na área e atuar como responsáveis técnicas.
As equipes precisam ser majoritariamente femininas, com proporção mínima de 4 mulheres para cada homem, e devem executar pelo menos 70% das atividades. Estudantes, docentes, técnicas, integrantes de organizações sociais e coletivos de mulheres podem compor os grupos. Parcerias com órgãos públicos são permitidas, desde que a coordenação permaneça feminina.

Critérios de seleção
A avaliação levará em conta:
- impacto social;
- fortalecimento das políticas públicas;
- contextualização territorial;
- participação ativa das mulheres beneficiárias;
- interdisciplinaridade;
- capacidade de gerar resultados práticos, replicáveis e alinhados à realidade das mulheres goianas.
Propostas limitadas a levantamentos ou análises sem aplicação direta serão desclassificadas.


