Uma força-tarefa do Governo de Goiás retirou de circulação 27.890 quilos de sabão em pó com indícios de adulteração. A ação integrou equipes das Secretarias de Segurança Pública (SSP), Economia e Indústria, Comércio e Serviços (SIC), com atuação conjunta do Procon Goiás, Polícia Civil — por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (DECON) — e da Superintendência de Polícia Técnico-Científica.
Entre terça e sexta-feira, os agentes fiscalizaram estabelecimentos em Aparecida de Goiânia, Goianira, Itaberaí e Bela Vista de Goiás. No total, 19.348 unidades foram recolhidas das prateleiras. Amostras dos produtos foram enviadas para análise da Polícia Técnico-Científica, e os supermercados foram notificados a apresentar, em até 20 dias, documentos que comprovem a origem e a autenticidade dos itens apreendidos, como notas fiscais e contratos com fornecedores.

Denúncia da indústria deu início à força-tarefa
Segundo o subsecretário de Segurança Pública, Gustavo Carlos Ferreira, a indústria fabricante fez a denúncia, o que motivou o início da operação.
“Verificamos in loco o que estava acontecendo e acionamos nossas equipes. Agora cada órgão segue atuando dentro de sua responsabilidade”, afirmou.
O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, explicou que a adulteração prejudica diretamente o consumidor, que costuma não perceber que adquiriu um produto falsificado.
“O consumidor perde dinheiro, já que o produto não tem a mesma qualidade e durabilidade do original. Além disso, há risco à saúde, pois a composição adulterada pode causar alergias com muito mais facilidade”, disse.
O delegado adjunto da DECON, Khlisney Kesser, afirmou que a Polícia Civil vai rastrear a origem dos produtos, analisando notas fiscais e fornecedores.
“Esperamos que estes itens não estejam sendo fabricados em Goiás, mas vamos identificar a origem. Os envolvidos poderão responder por falsificação, exposição de produto impróprio, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro”, explicou.
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Como identificar sabão em pó possivelmente falsificado
O governo alerta que o consumidor deve observar sinais que podem indicar adulteração:
- Caixas mal vedadas ou com vazamento pelas bordas
- Resíduos de cola quente no fechamento
- Lacre que rasga o papelão ao abrir
- Impressão de baixa qualidade, cores desbotadas e erros ortográficos
- Data de fabricação e lote grafados sem alto-relevo ou sem marcação a laser
- Pó de granulagem grosseira, pouca espuma e ausência de grânulos azulados/esverdeados presentes no original

Como denunciar
Suspeitas podem ser comunicadas ao Procon Goiás pelos telefones:
- 151 (Goiânia)
- (62) 3201-7124 (interior)
Também é possível registrar a denúncia pelo Portal Expresso: www.go.gov.br.



