A Prefeitura de Goiânia, por meio da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), concluiu a instalação das paliçadas no Parque Areião, etapa central da ação de contenção de erosões e proteção da nascente do córrego. O trabalho faz parte de oito fases de recuperação ambiental iniciadas em 13 de outubro e agora avança para o plantio de mudas nativas ao redor da nascente, previsto para esta semana.
As paliçadas são estruturas feitas com colmos de bambu retirados do próprio parque. Elas reduzem a velocidade da água que desce das áreas mais altas, protegendo o solo e diminuindo o impacto sobre a nascente. A técnica, além de natural, não gera custo financeiro, já que utiliza exclusivamente material proveniente do manejo dos bambuzais locais.
Segundo o gerente de Formulação de Educação, Políticas e Pesquisas Ambientais da Amma, Pedro Baima, a metodologia alia simplicidade e eficiência. “Essa é uma solução simples, sustentável e muito eficiente para estabilizar áreas sensíveis, especialmente nascentes”, explica.
Etapas concluídas
O processo teve início com a capacitação das equipes operacionais e técnicas da Amma, realizada em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). O professor Rogério Almeida, da Escola de Agronomia, conduziu o treinamento. Ele é especialista em manejo de bambu e técnicas de contenção natural.
De acordo com Baima, o treinamento foi essencial para garantir a execução correta de todas as etapas. “A capacitação permitiu que as equipes compreendessem não só a técnica, mas a importância ecológica de cada fase do processo”, afirma.
Após o curso, as equipes realizaram o manejo das touceiras de bambu, com retirada de colmos secos que ofereciam risco aos visitantes e poderiam causar quedas ou incêndios. Todo o material coletado foi preparado e cortado nas dimensões adequadas para formar as paliçadas, agora totalmente instaladas. Em seguida, foi feita a limpeza completa da nascente, que apresentava obstruções por pedras e sedimentos acumulados.
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Próximas ações
A Amma estabilizou a área e desobstruiu a nascente. Agora, o órgão seleciona mudas nativas para o plantio no entorno, com o objetivo de isolar, recuperar e fortalecer o ecossistema local. Após o plantio, está prevista a etapa de enriquecimento do solo, utilizando material verde triturado proveniente da limpeza do próprio parque, completando o ciclo de recuperação ambiental.
Com o avanço das ações no Parque Areião, a Amma planeja expandir o mesmo modelo de recuperação para outros parques da capital, unindo contenção de erosão, manejo sustentável de bambus e proteção de nascentes. “A ideia é levar esse modelo para outros parques, porque ele une zero custo financeiro, eficiência e respeito ao meio ambiente”, reforça Baima.
