A partir do próximo ano, as mensalidades das escolas particulares em Goiânia devem registrar um reajuste significativo, considerado o maior dos últimos anos.
Segundo levantamento de uma consultoria especializada, a média nacional de aumento será de 9,8%, mais que o dobro da inflação prevista para 2026. Na capital, a variação do reajuste deve ficar entre 10% e 12%, podendo chegar a 15% em escolas com mensalidades mais baixas.
De acordo com a vice-presidente do Sindicato das Instituições Particulares de Ensino de Goiás, o reajuste considera custos como salários de professores e funcionários, encargos trabalhistas, manutenção das escolas, impostos e investimentos em tecnologia e programas pedagógicos.
Especialistas destacam três fatores que pressionam os preços: inflação acumulada, reajuste salarial dos profissionais da educação e investimentos em programas como ensino bilíngue e projetos socioemocionais. Além disso, muitas escolas ainda tentam se recuperar dos impactos da pandemia, com cerca de 70% delas mais endividadas e inadimplência que chega a 20% em alguns casos.
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Em Goiânia, algumas escolas tradicionais já definiram os aumentos. Uma instituição no Setor Bueno terá acréscimo de cerca de R$ 400 na mensalidade, enquanto outra, no Setor Aeroporto, anunciou 11% de reajuste.
O sindicato recomenda que os pais e responsáveis conversem com as escolas para buscar alternativas, como descontos, planos diferenciados ou condições especiais para famílias com mais de um filho ou alunos com bom desempenho.