Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso, de suspender por 60 dias o piso salarial da enfermagem, nesta sexta-feira (9), pela manhã, enfermeiros, sindicatos e instituições voltaram a protestar, na porta do Hospital das Clínicas (HC-UFG), contra a suspensão da lei.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg), Roberta Rios, o protesto foi organizado por profissionais da categoria e acompanhado pelo sindicato.
Aprovado pelo Congresso Nacional, o piso salarial dos enfermeiros foi fixado em R$ 4.750, valor que serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).
Ainda de acordo com Renata Rios, a categoria deve continuar reivindicando melhorias e continuará lutando contra esta suspensão.
”A aprovação do piso salarial se deu pela luta dos trabalhadores da enfermagem. Ontem fomos surpreendidos com uma liminar que suspendeu a lei, que é constitucional e um direito nosso. Essa é mais um afronte contra aqueles que sempre estiveram na assistência. É uma afronte que vai de encontro com os interesses dos patrões”, destaca.
Para o ministro Roberto Barroso, a explicação é que a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços, apresentou alegações de possíveis demissões em massa. Barroso deu 60 dias para que os entes da federação e entidades do setor junto com o ministérios do Trabalho e da Saúde se manifestem sobre a capacidade para que o piso seja cumprido.
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